Dissertação
Água, vereda, veredeiro: um estudo sobre as agriculturas camponesa e comercial, nas cabeceiras do Rio Formoso, em Buritizeiro-MG
Registro en:
GAMA, Maria das Graças Campolina Cunha. Água, vereda, veredeiro: um estudo sobre as agriculturas camponesa e comercial, nas cabeceiras do Rio Formoso, em Buritizeiro-MG. 2006. 119 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2006.
Autor
Gama, Maria das Graças Campolina Cunha
Institución
Resumen
The theme of the research aimed to study the transformations Socioenvironmental
and cultural occurred in the head of the Formoso River, affluent of The
São Francisco River, in the municipality of Buritizeiro, Northwestern of Minas Gerais.
Until the 60s, this municipality presented a population predominantly rural and the
head of the river served as a place of reproduction of the way of life and work of the
peasant. With the introduction of the capitalist activities in the country, from the 70s
on, charcoal production, reforestation, and commercial agriculture related to the
agricultural industry the peasant families were expropriated from their land and
migrated to the city, accelerating the urbanization in the municipality. The
methodology was based on bibliographical review, document research, field
research, open interviews and oral stories by peasant families and rural workers. The
analysis of the socio-environmental impacts was made by means of the interpretation
of photography images. The process of economical development in the country in the
head of the Formoso River has consolidated the social inequalities, involving the
peasant families and the environment, through new productions forms. Mestre em Geografia O tema desta pesquisa teve como objetivo o estudo das transformações
socioambientais e culturais ocorridas nas cabeceiras do rio Formoso, afluente do rio
São Francisco, no município de Buritizeiro, Norte de Minas Gerais. Até a década de
1960, o município apresentava uma população predominantente rural e as
cabeceiras do rio serviam como espaço de reprodução do modo de vida e trabalho
camponês. Com a introdução de atividades capitalistas no campo, a partir da década
de 1970 - carvoejamento, reflorestamento e agricultura comercial ligada às
agroindústrias - as famílias camponesas foram expropriadas de suas terras e
migraram para a cidade, acelerando a urbanização do município. A metodologia
baseou-se em revisão bibliográfica, pesquisas documentais, pesquisas de campo,
entrevistas abertas e história oral realizadas com famílias camponesas e
trabalhadores rurais. A análise dos impactos socioambientais foi realizada por meio
da leitura e interpretação das imagens fotográficas. O processo de desenvolvimento
econômico no campo nas cabeceiras do rio Formoso consolidou as desigualdades
sociais, envolvendo as famílias camponesas e o ambiente, através das novas formas
de produção.