Dissertação
Origem, trajeto, ramificações e distribuição dos ramos ventriculares da artéria coronária direita no macaco prego (Cebus apella)
Registro en:
RADE, Walter. Origem, trajeto, ramificações e distribuição dos ramos ventriculares da artéria coronária direita no macaco prego (Cebus apella). 2004. 35 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2004.
Autor
Rade, Walter
Institución
Resumen
Comparative Anatomy of mammals has been a relevant subject of researches
in biomedical and biological areas with the objective of looking for more information
that could aid for searching about understanding of the unit variety-complex. Nonhuman
primates have been considered an important group among many studied
animals having a great interest not only for the understanding of its own evolution but
also due to the fact that detailed knowledge of its anatomy could represent an
important factor for its preservation and protection. The aim of this work was to study
the origins, ramifications, ventricular branches and distribution of the right coronary
artery in such animals. Twenty-five hearts were used taken from Cebus apella
(Capuchin monkey), 12 male and 13 female of varying ages. The coronary artery was
filled by means of injection of neoprene latex 601 A® (Du pont do Brasil S/A) colored
with specific pigment through the right femoral artery. Previous studies have not
demonstrated any findings about the topic in this species. Right coronary artery
originated from the right semilunar sinus of the ascendant aorta at the level of the
free edged of the right semilunar cusp in all cases. In 68% of the cases its first
branch, the infundibular one, emerged together with the right circumflex branch from
a common trunck. In 2 cases (8%) it emerged directly from the right semilunar sinus.
Then right coronary artery entered in the sulcus coronarius as the right circumflex
branch giving off a variable number of vessels to supply the cranial aspect of the right
ventricle. Proximally to the right cardiac edge it gave off one branch that rounded it
and supplied the lateral and the caudal wall of the right ventricle (20% of the cases).
In all 5 cases (20%) the right marginal vessel emerged from it. Right circumflex
branch remained in the sulcus coronarius for variable distances. Then it turned
abruptly to run in the subsinuosal interventricular sulcus as the subsinuosal
interventricular branch. In 48% of the cases this vessel occupied 1/3 of the sulcus. In
remain cases it extended as far as the apex where it anastomosed with the paraconal
interventricular vessel from the left coronary artery. In the coronarius sulcus the right
circumflex branch anastomosed with the left circumflex branch. Mestre em Ciências Veterinárias A Anatomia Comparativa de mamíferos vem sendo tema de pesquisas nas
áreas biomédicas e biológicas com o objetivo de se buscar conhecimentos que
possam contribuir na busca sobre o entendimento do binômio unidade-variedade. Os
primatas não humanos têm se constituído em importante grupo dentre os animais
submetidos a estudos diversos, o que se reveste de suma importância para o
entendimento de sua própria evolução, somando-se ao fato de que o conhecimento
pormenorizado de sua anatomia pode representar um fator para sua preservação e
proteção. Estudou-se a anatomia macroscópica da artéria coronária direita quanto à
sua origem, trajeto, ramos ventriculares e território de distribuição em 25 macacos da
espécie Cebus apella (macaco prego), sendo 13 fêmeas e 12 machos, por meio de
injeção de neoprene látex 601 A® (Du Pont do Brasil) colorido com um pigmento
específico através da artéria femoral direita e posterior dissecação. A literatura ao
nosso alcance revelou poucas citações específicas sobre o tema para essa espécie.
A artéria coronária direita originou-se a partir do óstio coronário do seio coronário
direito da aorta ascendente percorrendo o sulco coronário e dirigindo-se à direita em
todos os casos. Seu primeiro ramo, o infundibular, emergiu a partir de um tronco
comum com o ramo circunflexo direito em 68% dos casos sendo que nos demais
casos surgiu diretamente da aorta ascendente a partir de um orifício comum com o
ramo circunflexo direito (24%) ou a partir de óstios distintos (8%). Atingindo o sulco
coronário emitiu um número variado de vasos destinados à irrigação da parede
cranial do ventrículo direito. Em 20% das peças, proximalmente à margem direita do
coração, o ramo circunflexo originou uma artéria que seguiu trajeto oblíquo e que se
destinou às paredes lateral e caudal da câmara ventricular direita. O ramo marginal
direito surgiu a partir deste ramo oblíquo em 20% dos casos. Em 16% das peças
analisadas o ramo oblíquo preencheu o sulco interventricular subsinuoso
contribuindo para a formação do ramo interventricular subsinuoso e irrigando a
parede caudal do ventrículo direito e parte do ventrículo esquerdo. Ainda no sulco
coronário o ramo circunflexo direito emitiu inúmeras artérias para a parede caudal da
câmara cardíaca direita curvando-se, então, abruptamente para ocupar o sulco
interventricular subsinuoso como ramo interventricular subsinuoso e seguindo trajeto
em direção ao ápice cardíaco sendo que em 48% dos casos ocupou somente seu
terço proximal. Nos demais, atingiu esta astomosando-se com o ramo
interventricular paraconal da artéria coronária esquerda em todos os casos. O ramo
circunflexo direito, permanecendo no sulco coronário, estabeleceu anastomose com
o ramo circunflexo esquerdo em todas as peças estudadas.