Trabalho de Conclusão de Curso
Perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita no estado de Minas Gerais
Registro en:
GOMES, Fernanda Teles. Perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita no estado de Minas Gerais. 2019. 39 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019.
Autor
Gomes, Fernanda Teles
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) INTRODUÇÃO: A sífilis congênita é uma infecção bacteriana, causada pelo Treponema pallidum, de caráter sistêmico transmitida por via transplacentária, que acomete crianças das quais as mães tiveram sífilis e não receberam tratamento adequado. Configura-se como um grave problema de saúde pública, visto o aumento da prevalência em todo território nacional. OBJETIVO: Analisar os casos de sífilis congênita confirmados no estado de Minas Gerais (MG), no período de 2007 a 2017. MÉTODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo realizado por meio da análise de informações secundárias disponibilizadas no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2017. RESULTADOS: Foram avaliadas no período de estudo um total de 9.646 casos notificados de sífilis congênita no estado de MG. Identificou-se um acelerado aumento na frequência das notificações, passando de 1,8% em 2007 para 25,3% em 2017. Em relação à variável idade da criança na ocasião do diagnóstico, ocorreram 9.598 (99,5%) dos casos na faixa etária menor de um ano. As características sociodemográficas maternas foram: 64,8% (6.254) estavam na faixa etária entre 20 a 34 anos, com predominância da raça parda em 4.768 (49,4%) mulheres e para 1.552 (16,0%) a escolaridade de 5° a 8° série incompleta do ensino fundamental. O pré-natal foi realizado por 85,5% das gestantes, 62,7% tiveram o diagnóstico de sífilis durante o pré-natal e 20,7% realizaram o tratamento adequado. O esquema terapêutico prescrito para 29,4% (2.843) das crianças foi penicilina G cristalina, 19,2% procaína e em 14,5% não houve tratamento. CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita no estado de Minas Gerais é caracterizado por mulheres de baixa escolaridade, jovens, que realizam pré-natal, entretanto adquirem a bactéria durante a gestação e não aderem ao tratamento adequado, transmitindo verticalmente a infecção para o concepto. As crianças diagnosticadas para a sífilis congênita estavam na faixa etária até um ano de idade. Medidas efetivas de diagnóstico, tratamento e educação em saúde são imprescindíveis para redução da prevalência alarmante desta Infecção Sexualmente Transmissível.