The alternation between periods of economic prosperity and acute crises that makes up the history of capitalist development attracts the interest of many researchers who seek to understand and systematize how this occurs. For some, such as Kondratieff and Schumpeter, these oscillatory movements are the expression of long cycles, which in turn result from the dynamics of accumulation. For others, like Mandel, they are the expression of long waves, which depend not only on elements intrinsic to the dynamics of accumulation, but also on the constant interaction of these with other factors, with different degrees of interdependence, which make up social, historical, political and economic. The construction of this dissertation indicates that Mandel's perception is closer to the concrete, complex historical reality that is embedded in economic life than that of his counterparts in the long cycles. In this way, the greater detail of his theory and his analysis of postwar capitalism, contained in this work, allows us to raise important points. The analysis proposed by Mandel, in view of his theoretical ambition, contains some flaws. We present the main ones, the most serious of which refer to the fragility of some of their historical interpretations and the empirical data used by the author, which do not have a more systematic treatment, making them often infectious, in view of the theoretical perspective outlined. Nonetheless, his method of analysis, seeking the integration of endogenous and "exogenous" elements into the process of accumulation, seems to us to be indispensable for the understanding of the current historical block.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)A alternância entre períodos de prosperidade econômica e de crises agudas que perfaz a história do desenvolvimento do capitalismo atrai o interesse de muitos pesquisadores, que buscam entender e sistematizar a forma como isto ocorre. Para alguns, como Kondratieff e Schumpeter, esses movimentos oscilatórios são a expressão dos ciclos longos, que por sua vez resultam da dinâmica de acumulação. Para outros, como Mandel, são a expressão das ondas longas, que não dependem apenas de elementos intrínsecos à dinâmica de acumulação, mas também da constante interação destes com os demais fatores, com diferentes graus de interdependência, que compõem as relações sociais, históricas, políticas e econômicas. A construção desta dissertação nos indica que a percepção de Mandel é mais próxima à realidade histórica, concreta e complexa, a qual está inserida a vida econômica do que a de seus colegas defensores dos ciclos longos. Desta forma, o maior detalhamento de sua teoria e de sua análise do capitalismo no pós-guerra, contidos neste trabalho, permite-nos levantar pontos importantes. A análise proposta por Mandel, tendo em vista sua ambição teórica, contém algumas falhas. Apresentamos as principais, sendo que as mais graves se referem à fragilidade de algumas de suas interpretações históricas e dos dados empíricos utilizados pelo autor, que não possuem um tratamento mais sistemático, tornando-as muitas das vezes infecundas, face à perspectiva teórica delineada. Não obstante, seu método de análise, buscando a integração de elementos endógenos e ―exógenos‖ ao processo de acumulação, nos parece ser imprescindível para a compreensão da atual quadra histórica.