Dissertação
Boileau e Perrault: um embate sobre a excelência e a eficácia do novo conhecimento
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Autor
Portes, Enoque Marques
Institución
Resumen
Cette dissertation a pour objet le mouvement plein de conflit entre la modernité
et l\'Antiquité dans leurs diverses ramifications. Dès la dispute entre Perrault et Boileau
inscrite dans la Querelle Sur Des anciens et Des moderns, le texte propose une
investigation conceptuelle sur les différences et les fondements de cette antithèse. Le
choc Boileau/Perrault donne nombreux éléments argumentatifs pour l\'évaluation de
cette problématique. Ainsi, em lui, ces passages considérés comme plus importants ont
été découpés et amenés au centre de l\'investigation de cette dissertation. Le nouveau et
l\'ancien, la sacralisation et la profanation de la tradition, sont quelques-uns des aspects
discutés depuis de l arguments dont Boileau et Perrault se sont confrontés. Perrault, en
tant que défenseur des temps modernes, exprime son esprit à l\'avant-scène dans le
questionnement de toute la tradition, en mettant en doute les monuments intellectuels de
l\'antiquité. Il est prêt à se débarrasser de toute l oeuvre des anciens en faveur des
ouvrages modernes. Il Conteste la validité des connaissances anciennes selon l\'argument
qu\'il y a em lui des notions et des idées déjà dépassées et qui devraient être
abandonnées. Les anciens sont devenus, selon Perrault, manifestations cristallisées, des
idoles intellectuels qui retardent le développement de nouvelles connaissances. Et c\'est
précisément cet esprit intransigeant qui attire Boileau au combat, et lui provoque à lutter
avec ardeur contre ce qu\'il considère comme une ignorance profonde des temps et une
complete insuffisance intellectuelle. Celui qui déprécie l\'anciens procède selon un
pauvre entendement de leurs science, em trouvant des incohérences qui en fait ne sont
que des fragilités de leur propre formation scientifique. À Boileau, les nouvelles
connaissances, si prises dans les sens exacts proposés par Perrault, sont une notion vide
de sens, car elles se présentent contre une connaissance sans conscience de ses fruits.
De son coté, Boileau accuse Perrault pour disqualifier ce qu\'il ne entend pas, ce
qui invaliderait leur but. De autre, Perrault n\'accepte pas cette accusation, tout en
pensant que c\'est précisément la connaissance excessive des anciens qu\'il disqualifie
dans les conservateurs.
Les deux auteurs s accusent mutuellement d incurie dans le traitement de la
connaissance. C\'est précisément cette impasse apparemment insoluble le moteur de cette
dissertation. Dans l\'antagonisme entre tradition et rupture proposée pour le nouveau
faire se trouve un motif conceptuel fructueux à explorer. Qu est-ce que les
conservateurs effectivement défendent, qu est-ce que contestent les innovateurs ? dans
cet affrontement se distingue le désaccord irréconciliable entre ces deux points de vue.
Le but principal de ce travail est précisément celui de maintenir cette caractéristique
irréconciliable afin que les mobiles de ce antagonisme soient discutés et exposés au
regard philosophique. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Mestre em Filosofia Esta dissertação tem como objeto o conflituoso movimento entre modernidade e
antiguidade em seus vários desdobramentos. A partir da disputa empreendida entre
Perrault e Boileau inscrita na Querela Dos Antigos e Dos Modernos, o texto propõe um
dimensionamento conceitual acerca das divergências e fundamentos desta antítese. O
embate Boileau / Perrault oferece inúmeros elementos argumentativos para a apreciação
dessa problemática, de modo que nele aquelas passagens consideradas mais
significativas foram recortadas e trazidas ao centro investigativo desta dissertação. O
novo e o velho, a sacralização e profanação da tradição, são algumas das vertentes
discutidas a partir dos argumentos com os quais Boileau e Perrault se confrontaram.
Perrault, como defensor dos tempos modernos, manifesta seu espírito de vanguarda ao
questionar toda a tradição, ao colocar em dúvida os monumentos intelectuais da
antiguidade. Ele está disposto a se desfazer de toda a obra dos antigos em favor da obra
moderna. Contesta a validade do antigo conhecimento segundo o argumento de que nele
estão incrustradas noções e ideias já superadas e que devem ser abandonadas. Os
antigos já se tornaram, segundo Perrault, ídolos cristalizados, manifestações intelectuais
que atrasam o desenvolvimento do novo conhecimento. E é justamente este seu espírito
intransigente que atrai Boileau ao embate, e provoca este último a lutar ardorosamente
contra aquilo que ele considera um profundo desconhecimento dos tempos e uma
completa inépcia intelectual. Aquele que desvaloriza os antigos procede segundo um
entendimento pífio daquela ciência, encontrando inconsistências que em verdade não
são senão fragilidades da própria formação científica. Para Boileau, o novo
conhecimento, se tomado na acepção precisa proposta por Perrault, é uma noção vazia
de significado, uma vez que se coloca contra um conhecimento sem a consciência
apropriada de seus frutos. Assim se desenrolará este embate. De um lado, Boileau acusa
Perrault de desqualificar o que ele desconhece, o que invalidaria seu propósito. De
outro, Perrault não aceitará esta acusação, ao pensar que é justamente o conhecimento
excessivo dos antigos aquilo que ele desqualifica nos conservadores. Ambos os autores
serão acusados pelo adversário de impropriedade no trato do conhecimento. É
justamente este impasse aparentemente insolúvel o motor desta dissertação. No
antagonismo entre a tradição e a ruptura proposta pelo novo fazer reside um profícuo
solo conceitual a ser explorado. O que defendem efetivamente os conservadores, o que
contestam os inovadores? Neste embate se destaca o desacordo inconciliável entre essas
duas perspectivas. O propósito principal deste trabalho será justamente manter este
caráter inconciliável para que os móbeis deste antagonismo sejam aflorados e expostos
ao olhar filosófico.