Trabalho de Conclusão de Curso
Espaços, práticas e valores de sociabilidade: hierarquias e resistências em Uberlândia-MG (1920-1940)
Registro en:
MORAES, Mário. Espaços, práticas e valores de sociabilidade: hierarquias e resistências em Uberlândia-MG (1920-1940). 2010. 101 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2010.
Autor
Moraes, Mário
Institución
Resumen
Palavras-chave criadas pelo pesquisador do Projeto PROGRAD/DIREN/UFU 2016-2017 Historiografia e pesquisa discente: as monografias dos graduandos em História da UFU. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Esta pesquisa teve como objetivo perceber como os projetos para o desenvolvimento da cidade de Uberlândia estavam sendo disputado pelos diversos grupos e como o projeto das classes hegemônicas prevaleceu sobre os demais. Estes grupos buscaram construir a imagem do progresso para todos, onde latifundiários, comerciantes, políticos, juízes de direito e delegados teriam a função de guiar o povo para o progresso, onde a cidade passaria a ter características européias. Para manter a prevalência deste projeto, foi necessário construir valores, costumes, sentimentos, modos de se comportar e trajar, próprios desta elite, que justificariam sua posição dentro de uma hierarquia social, superior as demais, os legitimando como detentores do caminho para o progresso. Uma construção hierárquica que se construía em todo o cotidiano das pessoas, nos bares, clubes, casas noturnas, ruas e cinemas, com uma disciplina social que tinha como função engendrar o poder das classes dominantes. No entanto, naquele projeto de progresso, nem todas as pessoas estavam sendo contempladas com o desenvolvimento da cidade. Grupos de pobres e negros iriam, num processo de resistência, se colocar em oposição a estes grupos hegemônicos, buscando a criação de valores e locais de sociabilidade próprios, de modo a se identificarem como explorados pelo modo de produção em vigor. Desta forma, procuro também perceber como esses grupos se mobilizavam para garantir uma vida digna, tendo a participação no projeto de desenvolvimento da cidade, lutando pelo o direito a saúde, educação, moradias dignas, melhores salários, em oposição ao projeto imposto pelas elites que estava colocando estes grupos em plena miséria.