Palavras-chave e resumo criados pelo pesquisador dos Projetos “(Per)cursos da graduação em História: entre a iniciação científica e a conclusão de curso.” (PROGRAD/DIREN/UFU 2017/2018) e “Entre a iniciação científica e a conclusão de curso: a produção monográfica dos Cursos de Graduação em História da UFU” (PIBIC EM CNPq/UFU 2017-2018).Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)Esta monografia objetiva compreender as relações vivenciadas por homens e mulheres negros no Carnaval uberlandense entre 1983 e 1997. O Carnaval é considerado um momento de “democracia racial”, onde se ignoram as diferenças sociais, além de ser uma festa em que a negritude da cor se destaca e é aparentemente valorizada. Entretanto, resta questionar em que sentido. Além disso, o Carnaval é uma manifestação cultural de grande destaque em todo Brasil. Este estudo se mostra como inédito, já que não existe nenhuma produção local sobre o assunto, até o presente momento, o que ratifica a importância do mesmo como uma contribuição à Historiografia Local e Regional. É importante salientar que seus pressupostos teórico-metodológicos se baseiam na História Social, mais especificamente nos da História da Cultura, os quais permitem novas temáticas e novas abordagens, buscando observar agentes históricos anônimos que não tiveram sua história contemplada. O recorte de 1983 a 1997 se refere à regulamentação do Carnaval em Uberlândia, com a criação da Secretaria Municipal de Cultura, que passa, então, a administrar e coordenar as manifestações culturais locais. Registra, também, a fundação da Liga das Escolas de Samba de Uberlândia (LESU) que, juntamente com o poder público, colabora na organização do Carnaval na cidade. O desenvolvimento desta pesquisa se deu a partir do levantamento e análise de fontes escritas - jornais de época e documentos que a Secretaria Municipal de Cultura tem em seu poder. Ao lado das fontes primárias e secundárias, a autora fez uma leitura da produção historiográfica sobre o tema. A pesquisa ainda analisou entrevistas orais, que se justificam por pela necessidade de considerar a pluralidade e a diversidade de versões e experiências vivenciadas pelos sujeitos históricos não contemplados nas fontes escritas.