Dissertação
Efeitos da ingestão proteica superior à recomendação da RDA na função muscular de mulheres pós-menopausadas praticantes de exercício de força
Registro en:
Autor
Nahas, Paula Cândido
Institución
Resumen
Introduction: Postmenopausal period leads to changes in women body composition, especially
in regard to the reduction of muscle mass, strength and functional capacity. Such changes are
totally related to functional impairment, since there is a greater risk of falls, weakness and loss
of independence, negatively impacting women's quality of life. Objective: To evaluate the
effect of protein intake recommended by Recommended Dietary Allowance (RDA) with new
consumption proposals and the impact on strength and functional capacity of postmenopausal
women after exercise protocol. Material and methods: A blind, randomized, parallel and
prospective study was performed. Postmenopausal women were divided into two groups: RDA
group (NP), which received a diet plan containing ~0.8g protein·kg−1·d−1 or New Proposals
Group (HP), which received ~1.2g protein·kg−1·d−1. Resistance training protocol was
performed 3 times/week, with intensity of 10-12 maximal repetitions. Strength (maximum
repetition - 1-RM and handgrip strength) and functional capacity (Short Physical Performance
Battery - SPPB, 6-minute walk test, 400-meter walk test, 10-meter walk test and Timed Up and
Go test - TUG) were evaluated before and after the intervention. The diet was evaluated by nine
24-hour food recalls. Dietary intervention and resistance training protocol lasted 10 weeks.
Results: HP group presented higher protein intake (1.18±0.3 vs 0.87±0.2g protein·kg−1·d−1, p
= 0.008) than NP group, respectively, during the study. After intervention, only HP increased
bench press RM, leg extension RM and right/left handgrip, however, no differences were found
by analyzing the delta (Δ) of these variables when compared to NP group (ΔBench press RM:
2.75±3.01 vs 1.09±2.25 kg, p = 0.153; ΔLeg extension RM: 6.75±12.46 vs 9.45±7.03 kg, p =
0.533; ΔRight handgrip: 1.66±3.20 vs 1.90±1.64 kg, p = 0.823 and ΔLeft handgrip: 1.83±2.62
vs 2.81±2.56 kg, p = 0.373), NP and HP group respectively. For the other tests, no differences
between groups and/or moments were observed. Conclusion: A protein intake according to
new proposals did not improve strength and functional capacity of postmenopausal women
when compared to RDA recommendation after resistance training protocol. Dissertação (Mestrado) Introdução: O período de pós-menopausa propicia mudanças na composição corporal da
mulher, principalmente no que se diz respeito à redução da massa muscular, força e capacidade
funcional. Tais alterações se relacionam com o comprometimento funcional, já que há maior
risco de quedas, fraqueza e perda da independência, impactando negativamente na qualidade
de vida da mulher. Objetivo: Avaliar o efeito da ingestão de proteína recomendada pela
Recommended Dietary Allowance (RDA) com novas propostas de consumo e o impacto na
força e capacidade funcional de mulheres pós-menopausadas após protocolo de exercício de
força. Material e métodos: Foi realizado um estudo cego, randomizado, paralelo e prospectivo.
As mulheres pós-menopausadas foram divididas em dois grupos: Grupo RDA (NP), que
recebeu um plano alimentar contendo ~0,8g de proteína/kg/dia ou Grupo Novas Propostas (HP),
que recebeu ~1,2g de proteína/kg/dia. O protocolo de treinamento de força foi realizado 3
vezes/semana, com intensidade de 10-12 repetições máximas. Força (uma repetição máxima -
1-RM e força de preensão manual) e capacidade funcional (Short Physical Performance Battery
- SPPB, teste de caminhada de 6 minutos, teste de caminhada de 400 metros, teste de caminhada
de 10 metros e Timed Up and Go test - TUG) foram avaliados antes e após a intervenção. A
dieta foi avaliada por nove recordatórios de 24 horas. A intervenção dietética e o treinamento
de força duraram 10 semanas. Resultados: O Grupo HP apresentou maior consumo proteico
(1,18±0,3 vs 0,87±0,2 g/kg/dia, p=0,008) comparado ao grupo NP, respectivamente, durante o
estudo. Após a intervenção, apenas o grupo HP aumentou o 1-RM do supino, 1-RM da
extensora e força de preensão manual direita e esquerda, porém, não foi encontrado diferenças
analisando o delta (Δ) dessas variáveis quando comparado com o grupo NP (Δ1-RM supino:
2,75±3,01 vs 1,09±2,25 kg, p=0,153; Δ1-RM extensora: 6,75±12,46 vs 9,45±7,03 kg, p=0,533;
ΔHandgrip direita: 1,66±3,20 vs 1,90±1,64 kg, p=0,823 e ΔHandgrip esquerda: 1,83±2,62 vs
2,81±2,56 kg, p=0,373, grupo NP e HP, respectivamente. Para os demais testes não foram
observadas diferenças entre grupos e/ou momentos. Conclusão: A ingestão de proteína de
acordo com novas propostas não promoveu melhora de força e capacidade funcional de
mulheres pós-menopausadas quando comparado a recomendação da RDA após protocolo de
exercício de força.