Dissertação
Influência do ângulo de posição secundário da ferramenta, raio de ponta e lubrificação na usinagem em presença de aresta postiça de corte
Influence of tool end cutting edge angle, Tool nose radius and lubrication in machining under built-up edge conditions
Registro en:
REIS, Alexandre Martins. Influence of tool end cutting edge angle, Tool nose radius and lubrication in machining under built-up edge conditions. 2000. 88 f. Dissertação (Mestrado em Engenharias) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2000.
Autor
Reis, Alexandre Martins
Institución
Resumen
This work investigates the influence of tool end cutting edge angle and tool nose radius on
surface finish of AISI 1045 steel machined under built-up edge conditions. Surface roughness
was evaluated measuring the Ra parameter and analysis of the geometry of the machined
surface was carried out in the scanning electron microscope. To assist this work, the three main machining forces components were measured during cutting using a Kistler piezoelectric dynamometer. High speed steel tools with the same substrate composition and geometry but
varying end cutting edge angle, between 1° to 45°, were used. To study the effect of tool nose radius it was used three coated cemented carbide tools from class ISO P25 with same geometry but different tool nose radius (0,4mm. 0,8mm and 1,2mm). Ra measurement and scanning electron microscope analysis showed that improved surface finish can be achieved by reducing the end cutting edge angle. The effect of a neat oil lubricant with EP additives applied at very low rate (12 ml/min) was also studied. The lubricant improved surface finish and its effect depends on the end cutting edge angle. The effects of this angle and the very low volume of lubricant suggest a mechanism of lubrication where the oil does not need to penetrate into the chip tool interface avoiding built up edge formation to improve surface finish. The lubricant acts on the machined surface close to the tool nose radius. Universidade Federal de Viçosa Mestre em Engenharia Mecânica Este trabalho analisa a influência do ângulo de posição secundário (χ'r) e do raio de ponta (rε) da ferramenta de corte sobre o acabamento superficial de peças de aço ABNT 1045, torneadas em condições de usinagem propícias à formação de aresta postiça de corte (APC). Neste
trabalho também foi analisado o efeito da aplicação de um pequeno volume de fluido de corte por gotejamento (vazão = 12ml/min), sobre o acabamento superficial. O estudo da influência destas variáveis sobre o acabamento superficial foi feito através da medida do parâmetro Ra da superfície usinada e da análise de amostras destas superfícies em um microscópio
eletrônico de varredura (MEV). Para auxiliar neste estudo, foram medidas as forças de corte (Fc), de avanço (Ff) e passiva (Fp), utilizando-se um dinamômetro Kistler 9265B. Para verificar a influência do ângulo (χ'r) sobre o acabamento da superfície usinada, foram utilizadas ferramentas de aço-rápido cujas cunhas cortantes possuíam a mesma geometria αο=5º, γο=5º, λs=0º, χr=45º), diferenciando-se apenas nos valores de χ r que variou de 1º à 45º . Na verificação da influência do rε, foram utilizadas três patilhas de metal duro da classe P25 revestidas com TIC e TIN (αο=11º, γο=6º, λs=0º, χr=60º, χ'r=60º) com rε igual a 0,4mm, 0,8mm e 1,2mm. Os resultados mostraram que o uso de fluido de corte, gotejado sobre a superfície da peça próximo a ponta da ferramenta, tende a melhorar o acabamento da peça em termos de Ra. Todavia esta melhora se dá de maneira muito mais acentuada para pequenos χ'r ( 1º à 5º ) e para as ferramentas com raios de ponta. A forma de aplicação do fluido e o pequeno volume utilizado sugerem um mecanismo de lubrificação onde o fluido de corte melhora o acabamento
sem, contudo, penetrar na interface cavaco-ferramenta e eliminar a APC. As análises feitas no MEV permitiram a identificação de partículas de APC, comprimidas entre a superfície secundária de folga da ferramenta e a superfície da peça em usinagem secundária. Neste sentido o fluido de corte em pequeno volume lubrifica a superfície recém usinada da peça evitando ou diminuindo a aderência destas partículas sobre a superfície e, conseqüentemente, melhorando o seu acabamento.