Trabalho de Conclusão de Curso
Esterases e Teste de Micronúcleo como biomarcadores para o monitoramento dos efeitos do organofosforado Temefós em Poecilia reticulatus Peters, 1859 (Poecilidae)
Registro en:
PEREIRA, Boscolli Barbosa. Esterases e Teste de Micronúcleo como biomarcadores para o monitoramento dos efeitos do organofosforado Temefós em Poecilia reticulatus Peters, 1859 (Poecilidae). 2007. 14 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2007.
Autor
Pereira, Boscolli Barbosa
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Os programas públicos que visam controlar o mosquito vetor da dengue, Aedes aegypti, baseiam-se no uso de inseticidas industrializados como os organofosforados. Ao atingir os ambientes aquáticos, os organofosforados afetam os organismos alvo e não alvo, alterando a estrutura dos ecossistemas, matando, inclusive, os predadores naturais das larvas de A. aegypti. Esse trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos do tratamento com diferentes exposições dose-tempo de Temefós (TE) em Poecilia reticulatus, por meio do Teste de Micronúcleo e da Análise de esterases. O Teste de Micronúcleo revelou que o incremento nas taxas de micronúcleos foi dose e tempo dependente, sendo que as maiores frequências foram observadas após 72 horas de exposição ao organofosforado. A análise esterásica mostrou que a enzima EST-1, classificada como uma carboxilesterase teve sua atividade mais elevada após 120 e 144 horas. Não foi revelada evidência estatística de correlação entre a atividade da enzima EST-1 e a frequência média de micronúcleos para o tratamento com TE (0,01 mg/L) nos períodos de exposição estudados (r = 0,228652; P> 0,05). Entretanto, uma correlação negativa, estatisticamente significativa (r = -0,89046; P <0,05), ocorreu entre a frequência de micronúcleos e a atividade de EST-8 para o mesmo tratamento. O aumento significativo da expressão de EST-1 pode estar associado à diminuição das frequências de micronúcleos após 120 e 144 horas de exposição ao TE. A correlação negativa entre a expressão de EST-8, classificada como uma colinesterase, e a frequência de micronúcleos sugere que o organofosforado TE atua aumentando o efeito genotóxico e inibindo a atividade colinesterásica ao longo do tempo de exposição.