Trabalho de Conclusão de Curso
Regiões de desordem em proteínas de potyvírus e sua relação com recombinação genômica
Registro en:
SANTOS, Gustavo Henrique Alves. Regiões de desordem em proteínas de potyvírus e sua relação com recombinação genômica. 2019. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020.
Autor
Santos, Gustavo Henrique Alves dos
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) A recombinação é um importante mecanismo evolutivo que contribui para os altos níveis de variabilidade genética em populações de vírus. O mecanismo refere-se à troca de segmentos de DNA ou RNA entre vírus distintos durante o ciclo de replicação no hospedeiro. A recombinação está frequentemente envolvida na emergência de vírus com novidades evolutivas, como a capacidade de infectar novos hospedeiros ou suplantar a resistência genética de plantas. Estudos sobre a evolução viral indicam que genomas de potyvírus apresentam propensão à ocorrência de recombinação, um fator que explica, pelo menos em parte, o elevado nível de variabilidade genética de suas populações. Porém, nenhum estudo correlacionou a maior propensão à recombinação em regiões codificadoras específicas dos genomas com as características bioquímicas e/ou estruturais de suas proteínas expressas. Sabe-se que os genomas virais codificam proteínas que não possuem uma estrutura tridimensional bem definida, as chamadas proteínas intrinsecamente desordenadas. Estas proteínas podem exercer diferentes funções durante a replicação viral e é possível identificar in silico regiões proteicas propensas à desordem. O objetivo deste estudo foi verificar se as regiões mais propensas à desordem nas proteínas virais se sobrepõem às regiões genômicas com maiores níveis de recombinação. Para isto, conjuntos de dados de espécies de potyvírus apresentando “hotspots” de recombinação foram obtidos a partir do Genbank. As proteínas codificadas pelos genomas virais foram analisadas para o nível de desordem intrínseca por meio do programa IUPred2a e os resultados foram comparados com aqueles provenientes de análises de detecção de recombinação de um estudo conduzido previamente. Os resultados obtidos neste estudo sugerem que não há colocalização estrita entre regiões proteicas de desordem intrínseca e “hotspots” de recombinação nos genomas de potyvírus.