Trabalho de Conclusão de Curso
Fadiga e Substâncias Psicoativas em Profissionais de Enfermagem de um Hospital Universitário
Registro en:
CALÇADO, Rubianne Monteiro. Fadiga e Substâncias Psicoativas em Profissionais de Enfermagem de um Hospital Universitário. 2018. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018.
Autor
Calçado, Rubianne Monteiro
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Os profissionais de enfermagem constituem grande parte do contingente de trabalhadores da área da saúde. Desenvolvem atividades de cunho assistencial e administrativo. Durante a prestação de assistência lidam com situações de dor e sofrimento, além de realizarem procedimentos técnicos complexos que exigem constante estudo e atualizações. As atribuições administrativas como a administração de uma unidade de saúde requer algumas condições como preparo, tempo e responsabilidade dos profissionais. Tais atividades podem comprometer sua integridade física e mental, favorecendo o desenvolvimento de fadiga e o uso de álcool e outras drogas. Ainda assim, a atenção que esses profissionais têm recebido para preservarem sua capacidade de trabalho e qualidade de vida é pouca. Esse trabalho teve como objetivo principal verificar a presença de correlações entre a ocorrência de fadiga e o uso de álcool e outras drogas nos profissionais de enfermagem do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Tratou-se de um estudo de abordagem quantitativa, analítica, quase experimental realizada no HC-UFU no período de março a agosto de 2016. Foram aplicados os instrumentos: informações sociodemográficas e profissionais, ASSIST – OMS (Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test), DUFS - Auto relato (A Dutch Fatigue Scale) e AUDIT-C (versão do Alcohol Use Disorder Identification Test). Participaram da pesquisa 416 profissionais entre auxiliares e técnicos de enfermagem e enfermeiros. O nível de significância (valor de p) estabelecido foi de 0,05 para todas as variáveis. Utilizou-se o coeficiente de correlação por postos de Spearman - para avaliar a correlação entre as variáveis de duas amostras dependentes. O estudo mostrou que a maioria dos profissionais são do sexo feminino (84,13%), a faixa etária com maior quantidade de profissionais é a dos 50 anos em diante (31%), a maioria são católicos (42,54%), 67,7% dos profissionais são casados e 54,32% possuem o ensino superior. Quanto à composição da equipe, 47,8% são técnicos de enfermagem, 22,11% dos participantes possuem um tempo na enfermagem de 6-10 anos, 40,62% trabalham no turno da manhã e 54,56% possuem um único vínculo empregatício. Pode-se verificar que as drogas com maior uso na vida foram álcool (49%), tabaco (9,8%) e maconha (4,8%). Os sintomas presentes na equipe de enfermagem do HC-UFU que demonstram presença da fadiga em maior peso foram: ter a necessidade de descansar mais ultimamente, sensação de necessitar de mais energia para conseguir realizar suas tarefas diárias e a diminuição do interesse e vontade em ter relações sexuais, com as seguintes porcentagens: 54,8%; 44,4% e 37,2%, respectivamente. Foram encontradas correlações entre fadiga e características sociodemográficas e de trabalho e correlação positiva entre a fadiga e o uso de sedativos. Foram encontrados poucos estudos estabelecendo correlações entre fadiga e uso de álcool e outras drogas. Esses fatos trazem influências da vida do profissional e em seu trabalho desempenhado. Por isso, mais investigações a respeito devem ser realizadas para que medidas possam ser tomadas a fim de melhorar a qualidade de vida e de trabalho dos profissionais de enfermagem, levando a melhores resultados para a instituição de saúde.