Trabalho de Conclusão de Curso
Frequência de Ascaris lumbricoides em crianças em idade escolar do município de Uberlândia (MG) através de método coproparasitológico e conteúdo subungueal
Registro en:
PEGHINI, Bethânea Crema. Frequência de Ascaris lumbricoides em crianças em idade escolar do município de Uberlândia (MG) através de método coproparasitológico e conteúdo subungueal, 2002. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2002.
Autor
Peghini, Bethânea Crema
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) As doenças parasitárias são bastante frequentes nos países do terceiro mundo, constituindo um importante problema social e de saúde pública, em decorrência das condições precárias de higiene associadas ao baixo nível sócio-econômico-cultural e idade da população. Essas doenças são responsáveis pelo depauperamento físico e mental da população, principalmente a infantil, que aliados a outros fatores, como carências nutricionais, levam à diminuição da capacidade de aprendizagem e contribuem para os altos índices de morbi-mortalidade nesta faixa etária. Dentre as doenças parasitárias, as helmintoses intestinais são mais comuns em humanos, onde destacam-se a ascaridíase, que infectam um quarto da população mundial (HALL & HOLLAND, 2000). O objetivo deste trabalho foi analisar a frequência de Ascaris lumbricoides em crianças nas escolas e creches do Município de Uberlândia (MG) com idade de zero a 10 anos de ambos os sexos, utilizando exame coprológico de Lutz (1919) e conteúdo subungueal pelo método de Ritchie (1946), e associar os resultados encontrados nesses exames, ao sexo e faixa etária dessas crianças. Foram analisadas 100 amostras fecais de crianças com idade zero a dez anos pelo método de Sedimentação Espontânea Simples (Lutz, 1919) e 100 amostras de conteúdo subungueal analisadas pelo método Ritchie (1946), que se consiste em cortar as unhas de todos os dedos das mãos, colocando-se em frascos contendo 10mL de formalina a 10%. Ambos os métodos visaram detectar ovos de Ascaris lumbricoides. Observou-se que as crianças apresentaram carga parasitária de 11% (11 amostras) para Ascaris lumbricoides e 6% (6 amostras) para outras espécies encontradas, que se destacam: Taenia sp (3), Hymenolepis nana 1% (1), Enterobius vermiculares 1% (1), Ancilostomatídeos 1% (1), a partir dos exames coproparasitológicos. Entretanto, as análises do conteúdo subungueal, não apresentam ovos de A. lumbricoides, sendo observado apenas ovos de H. nana em 2 amostras (2%) e E. vermiculares 1 amostra (1%). Conclusões: A frequência encontrada para Ascaris lumbricoides foi de 11%, no exame coproscópico; sexo e faixa etária não influenciam no parasitismo; o método de Ritchie, para o exame do conteúdo subungueal, não se revelou eficaz neste trabalho; medidas tais como o corte regular das unhas, princípios básicos de higiene e proteção das caixas de areias das instituições de ensino, contribuem grandemente para o combate das helmintíases.