The starting point of this schizoanalitc journey are the questions about the production of subjectivity of the mad and the multiplicities of madness through art and composition. This proposal takes place in line with the cartographic-musical intervention device “Louco, ainda bem!” created through mini-biographies of Psychosocial Treatment Service (CAPS) patientusers José Evangelista da Rocha, in the city of Catalão (GO), during a psychology internship organized by the Federal University of Goiás. It investigates how the madness became a scientific object of psychiatry and psychology through an incursion into the work “History of Madness”, written by Michel Foucault, raising philosophical questions about illness and normality. In this journey, I also found the work “The normal and the pathological”, by Georges Canguilhem, with whom I make intercessions. Nevertheless, I meet Gilles Deleuze and Friedrich Nietzsche on their fight against judgments in cruelty. The musical composition, as an agent of becomings, gains an analysis of its Apollonian and Dionysian flows and places this tour in a state of art, causing strangeness in the meeting with Antonin Artaud and his work “To End the Judgment of God”, causing developments in the relationship with science, art and philosophy with the proposal of a chaos-becoming (or becoming-chaos) for the creation and composition of oneself through self-sacrifice raising developments in a triple crossroads of thought between science, art and philosophy. Here, then, is a philosophical experiment in becoming-chaos, which, through self-sacrifice, opens up a composition of life as art. There is, in this dissertation, a cartography of a clinical proposal that arises between the comings and goings of the Outside, which tensions the breaking of identities and paradigms, starting from the work “Caosmosis” by Félix Guattari, and creating clues between psychology and philosophy, in incursion and intersection; creating ways to lucidity.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)Os pontos de partida desse passeio esquizoanalítico são as indagações a respeito da produção de subjetividade do louco e das multiplicidades da loucura através da arte e da composição. Tal proposta se dá em consonância com o dispositivo de intervenção cartográfico-musical “Louco, ainda bem!”, criado através das mini-biografias dos pacientes-usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) José Evangelista da Rocha, no município de Catalão (GO), durante o estágio em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás. Investiga-se como o louco e a loucura tornaram-se objeto científico da psiquiatria e da psicologia através de uma incursão pela obra “História da Loucura” de Michel Foucault, suscitando questionamentos filosóficos sobre doença e normalidade, encontrando no percurso, também, a obra “O Normal e O Patológico” de Georges Canguilhem, com quem faço intercessões. Não obstante, encontro Gilles Deleuze e Friedrich Nietzsche e os combates aos juízos em crueldade. “A Composição”, como agenciadora de devires, ganha uma análise de seus fluxos apolíneos e dionisíacos e coloca este passeio em estado de arte, provocando estranhamentos no encontro com Antonin Artaud e sua obra “Para Acabar com o Julgamento de Deus”, suscitando desdobramentos numa encruzilhada tripla do pensamento entre ciência, arte e filosofia. Eis então, uma experimentação filosófica de um em devir-caos, que através de auto sacrifícios, abre a uma composição de vida enquanto arte. Há, nesta dissertação, a cartografia de uma proposta clínica que surge entre idas e vindas ao Fora, que tensiona a quebra de identidades e paradigmas, partindo da obra “Caosmose” de Félix Guattari, e criando pistas entre psicologia e filosofia, em incursão e interseção; criando vias a lucidez.2021-10-28