Trabalho de Conclusão de Curso
Aspectos morfológicos da folha e gemas vegetativas de duas cultivares de abacate durante período indutivo para floração
Registro en:
SILVA, Thays Bruna Pereira. Aspectos morfológicos da folha e gemas vegetativas de duas cultivares de abacate durante período indutivo para floração. 2021. 16 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) – Universidade Federal de Uberlândia, Monte Carmelo, 2022.
Autor
Silva, Thays Bruna Pereira
Institución
Resumen
UFU - Universidade Federal de Uberlândia Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) As condições ambientais indutivas para o florescimento do abacateiro são aquelas envolvidas na redução da concentração ativa de auxinas nos meristemas dos ramos plagiotrópicos e ortotrópicos. Naturalmente essa diminuição das auxinas ativas ocorrem em períodos de temperaturas baixas, estresse hídrico e nutricional observados em fotoperíodo curto nas estações climáticas de outono e inverno. Assim, entender a relação da indução e expressão floral das cultivares em função do clima local pode auxiliar no manejo da cultura para ajustes dos eventos fenológicos de floração e frutificação, evitando-se condições climáticas adversas como altas temperaturas e baixa umidade relativa que conduzem a menores produtividades. Neste estudo o objetivo foi determinar o período e os potenciais eventos ambientais envolvidos na evocação floral do abacateiro, variedades geada e fortuna, na região do cerrado mineiro, avaliando-se medidas simples de parâmetros morfológicos e fisiológicos da folha (temperatura, espessura e teor de SPAD) e gemas do ramo plagiotrópico (comprimento e diâmetro) durante o período de fevereiro a julho. Ademais, foram monitorados a temperatura e umidade do ar próximo as plantas e sob o solo abaixo da copa. As duas variedades respondem de forma semelhante as alterações de temperatura e fotoperíodo para indução no início do outono, com pico indutivo demonstrado pela organização do crescimento do meristema com a menor diferença entre diâmetro e comprimento nos meses de maio e junho. O tempo de exposição a esses fatores precisa ser maior para evocação floral da variedade fortuna. Sugere-se que o atraso no fechamento do ciclo de produção de frutos e consumo de carboidratos, por estes, dificultam o acumulo de açucares no floema com conseguente restrição a diferenciação de gemas para floração. Esse atraso leva a expressão da flor para fortuna em períodos de temperaturas mais elevadas, menor umidade relativa e maior competição entre órgãos em início de retomada de crescimento que ocorre no final do inverno e início da primavera. Em geada o término antecipado da frutificação permite maior acumulo de carboidratos já no início do período indutivo acelerando o desenvolvimento e diferenciação das gemas para indução floral e a expressão floral é observada em meados do inverno. Essa falta de sincronismo de floração entre as cultivares, no local de estudo, pode dificultar a polinização cruzada quando as duas cultivares são consorciadas para esta finalidade.