Background: Although many patients with cured pulmonary tuberculosis (PTB) remain with anatomical sequels, the literature lacks of studies that accurately characterize and correlate them with associated dysfunction. The aim of the present study is to correlate anatomical sequels with dysfunctions using two different imaging methods, and to investigate expiration air trapping in post-PTB. Methods: A cross-sectional study comprising 56 cured-PTB patients was performed on clinical evaluation, spirometry, 6-minute walk test, chest x-ray, and inspiratory and expiratory high resolution computed tomography (HRCT). Image exams were reviewed by two radiologists, who scored to disease extension (radiographic and inspiratory scores), and air trapping extension (expiratory score). A tomographic score was also developed, by adding inspiratory and expiratory scores. Intra-class correlation coefficient (ICC) assessed inter-observer reliability while multiple linear regression verified associations of post-bronchodilator spirometric variables and imaginological scores. Results: Majority of participants showed anatomical (98%) and functional (69%) abnormalities, with predominance of obstructive dysfunction (57%). At HRCT, there were irregular opacities with architectural distortion in 98% of participants, bronchiectasis in 84% and emphysematous changes in 21%. After adjustment for control variables, imaging scores were independently associated with post-bronchodilator spirometric variables. While comparing with radiography, HRCT showed stronger association with spirometric values, higher ICCs and demonstrated air trapped in large extension of participants’ lung parenchyma, often not related with emphysematous changes. Conclusion: Chest HRCT predicted dysfunction degree more accurately than radiography, showing large extension of air trapping in the participants’ lungs and suggesting involvement of small distal airways in etiology of airflow obstruction post-PTB.Dissertação (Mestrado)Introdução: Embora muitos pacientes curados de tuberculose pulmonar (TBP) permaneçam com sequelas anatômicas, faltam estudos que as caracterizem com precisão e as correlacionem com as disfunções associadas. Objetivos: O objetivo do estudo é correlacionar as sequelas anatômicas usando dois diferentes métodos de imagem com as disfunções, e verificar aprisionamento aéreo em expiração pós-TBP. Métodos: Estudo transversal com 56 pacientes curados de TBP submetidos a avaliação clínica, espirometria, teste de caminhada dos seis minutos, radiografia do tórax e tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) em inspiração e expiração. Dois radiologistas avaliaram os exames de imagem e pontuaram a extensão da doença (escores radiográfico e inspiratório) e a extensão do aprisionamento aéreo (escore expiratório); também foi desenvolvido o escore tomográfico que agregou os escores inspiratório e expiratório. Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC) avaliou a confiabilidade interobservador enquanto a regressão linear múltipla verificou associações das variáveis espirométricas pós-broncodilatador com os escores imaginológicos. Resultados: A maioria dos participantes apresentou alterações anatômicas (98%) e funcionais (69%), com predominância da disfunção obstrutiva (57%). À TCAR, 98% dos participantes apresentaram opacidades irregulares com distorção arquitetural, 84% bronquiectasias e 21% alterações enfisematosas. Após o ajuste para as variáveis controles, os escores imaginológicos associaram-se independentemente com as variáveis espirométricas pós-broncodilatador. Quando comparado à radiografia, a TCAR mostrou associação mais forte com os valores espirométricos, ICCs mais altos e demonstrou ar aprisionado em grande extensão do parênquima pulmonar dos participantes, frequentemente não relacionado a alterações enfisematosas. Conclusão: A TCAR do tórax previu o grau de disfunção com maior acurácia do que a radiografia e demonstrou aprisionamento aéreo em grande extensão pulmonar dos participantes, sugerindo o envolvimento de pequenas vias aéreas na etiologia da obstrução ao fluxo aéreo pós-TBP.