Environmental perception is understood as an awareness of the human being, so that, perceiving the environment in which it is inserted, learn to protect it and take care of it in the best way possible. In cities, caring for the environment and providing the urban population with a good and lasting quality of life has become one of the main challenges for public managers, whose confrontation imposes the need to develop popular housing programs that consider in their framework, in addition to housing, the creation and maintenance of healthy environments. The understanding of this dynamics imposes, besides the analysis of the physical apparatus of the dwelling, aspects of the subjectivity that, in the majority, are not considered in the execution of the housing projects. In this context, this study aims to identify the environmental perception of the inhabitants of the Nova Ituiutaba I and III subdivision, in the city of Ituiutaba-MG. In order to do so, a bibliographical review on the theme involving the legal aspects of the legislation on housing and environment, popular housing and environmental perception was elaborated. Subsequent collections of secondary data were carried out in public agencies on the project, field work for the collection of socioenvironmental data, followed by the application of a semi-structured questionnaire with the residents. 269 residences were visited, corresponding to 25% of the number of dwellings. The data produced were organized into spreadsheets, spatialized in the form of maps. Data analysis showed that, in terms of affectivity, most of the residents still did not identify themselves as the new place of residence. The quality of the dwellings, the precariousness of the infrastructure, the deficiency in services, the great distance from the center are pointed out, as well as the feeling of not belonging to the place, as the main cause of the feeling of being forgotten by the public power. In relation to the environment, the residents do not perceive the environmental impacts caused by everyday life in the development and do not identify themselves as agents responsible for them, making clear the crystallization of the idea that environmental quality improvement is the responsibility of public administration, passive agents in the creation and maintenance of healthy environments.Dissertação (Mestrado)A percepção ambiental pode ser entendida como uma tomada de consciência pelo homem, de forma que este, percebendo o ambiente em que está inserido, para que assim aprenda a protegê-lo e cuidá-lo da melhor forma possível. Nas cidades, cuidar do meio ambiente e proporcionar para população urbana uma boa e duradoura qualidade de vida tornou-se um dos principais desafios para os gestores públicos, cujo enfrentamento, impõe a necessidade de desenvolvimento de programas de habitação popular que considere em seu arcabouço, além das moradias, a criação e manutenção de ambientes saudáveis. O entendimento dessa dinâmica impõe, além da análise do aparato físico da habitação, aspectos da subjetividade que, em sua maioria, não são considerados na execução dos projetos habitacionais. Nesse contexto, esse estudo objetiva identificar a percepção ambiental dos moradores do loteamento Nova Ituiutaba I e III, na cidade de Ituiutaba-MG. Para tanto, incialmente, foi elaborada uma revisão bibliográfica sobre a temática envolvendo os aspectos legais da legislação sobre habitação e meio ambiente, moradia popular e percepção ambiental. Posteriormente foram executadas coletas de dados secundários em órgãos públicos sobre o empreendimento, trabalhos de campo para colhimento de dados socioambientais, seguido da aplicação de questionário semiestruturado com os moradores. Foram visitadas 269 residências, que correspondem à 25% da quantidade de moradias. Os dados produzidos foram organizados em planilhas eletrônicas e espacializados em forma de mapas. As análises dos dados apontaram que, em relação à afetividade, a maioria dos moradores ainda não se identificaram como o novo local de moradia. A qualidade das habitações, a precariedade da infraestrutura, a deficiência nos serviços, as grandes distâncias do centro são apontadas, além da sensação de não pertencimento ao local, como causa principal do sentimento de serem esquecidos pelo poder público. Em relação a meio ambiente, os moradores pouco percebem os impactos ambientais provocados pela vida cotidiana no loteamento e não se identificam como agentes responsáveis pelos mesmos, deixando clara a cristalização da ideia de que a melhoria da qualidade ambiental é de responsabilidade da administração pública, sendo eles agentes passivos na criação e manutenção de ambientes saudáveis.