Dissertação
O plano real e a armadilha macroeconômica
The real plan and the macroeconomic trap
Registro en:
Autor
D’Almeida, Alexandre Rodrigues
Institución
Resumen
In the 1970s, with the end of the gold-dollar standard and the adoption of exchange rates and floating interest rates, the question of the possibility of abrupt and unexpected adjustments is explicit.
in exchange.
In the early 1980s, the policy adopted by the United States was that of the strong dollar, which worked with an overvaluation of the currency and high interest rates, a strategy that caused an unprecedented liquidity crisis in international capital markets. Rising interest rates have put the burden of adjustment on borrowers - especially for Latin American countries. Consequently, in view of the payment difficulties that were established, impacts on credit banks that had advanced resources through syndicated loans were generated. Following the perspective of solving the debt debts of the debtor countries, the IMF's adjustment policies advocated the generation of trade surpluses to repay debt service, which turned these countries into net exporters of real resources, to the detriment of growth of the internal market.
From the second half of the 1980s onwards, the devaluation of the dollar (weak dollar policy), coupled with new financial mechanisms that involved hedging schemes, as well as the emergence of institutional investors as major liquidity holders, created a different situation. These factors, combined with market deregulation processes and the interrelationship between credit and capital markets, have generated excess liquidity in search of appreciation.
In this configuration, the adjustment policy indicated for Latin American countries began to prescribe the need to absorb external resources with high arbitrage rates, which made these countries absorbers of financial capital. In this context, Latin America's adjustment policies were articulated, especially linked to the prescription of the so-called “Washington Consensus”. Dissertação (Mestrado) Nos anos 70, com o final do padrão dólar-ouro e a adoção de taxas de câmbio e juros flutuantes, fica explícita a questão da possibilidade de ajustes abruptos e inesperados
no câmbio.
No início dos anos 80, a política adotada pelo Estados Unidos foi a do dólar forte, que trabalhava com uma valorização excessiva dessa moeda e altas taxas de juros, estratégia que causou uma crise de liquidez sem precedentes nos mercados internacionais de capitais. O crescimento das taxas de juros jogou o ônus do ajuste sobre os devedores - especialmente para os países da América Latina. Consequentemente, tendo em vista as dificuldades de pagamento que se estabeleceram, geraram-se impactos sobre os bancos credores que haviam avançado recursos através de créditos consorciados. Seguindo a perspectiva da resolução da problemática do pagamento das dívidas externas dos países devedores, as políticas de ajuste defendidas pelo FMI pregavam a geração de superávits comerciais para pagar o serviço da dívida, o que transformou estes países em exportadores líquidos de recursos reais, em detrimento do crescimento do mercado interno.
A partir da segunda metade dos anos 80, a desvalorização do dólar (política do dólar fraco), articulada a novos mecanismos financeiros que envolveram esquemas de hedge, bem como à emergência dos investidores institucionais enquanto principais detentores de liquidez, geram uma situação diferente. Estes fatores, aliados a processos de desregulamentação de mercados e de interrelação entre os mercados de créditos e de capitais, engendraram um excesso de liquidez, em busca de valorização.
Nessa configuração, a política de ajuste indicada para os países da América Latina passou a prescrever a necessidade de absorção de recursos externos com altas taxas de arbitragem, o que transformou esses países em absorvedores de capital financeiro. Nesse contexto estavam articuladas as políticas de ajuste da América Latina, vinculadas especialmente ao receituário do chamado “Consenso de Washington”