Trabalho de Conclusão de Curso
Relação da depressão com aspectos sociodemográficos em idosos residentes nas zonas urbana e rural de Ituiutaba-MG
Relation of the depression with socio-demographic aspects in the elderly in the zones urban and rural development in Ituiutaba-MG
Registro en:
FARIA, Mayalla de Freitas. Relação da depressão com aspectos sociodemográficos em idosos residentes nas zonas urbana e rural de Ituiutaba-MG. 2016. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Uberlândia, Ituiutaba, 2016.
Autor
Faria, Mayalla de Freitas
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) O processo de envelhecimento acarreta vários fatores que interferem na vida do idoso,
podendo estar ligado à depressão. O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência de
depressão em idosos que vivem na zona urbana e rural do município de Ituiutaba-MG e os
aspectos sociodemográficos relacionados. Vinte e nove idosos residentes nas zonas rural (n=13)
e urbana (n=16) de Ituiutaba-MG foram entrevistados utilizando a Escala de Depressão
Geriátrica na versão reduzida, incluindo dados sociodemográficos. A idade média dos idosos
foi de 68 anos (DP±7), sendo a maioria destes pertencente à faixa etária de 60 a 69 anos (75,9%).
Dos idosos entrevistados, maioria era homens (69%), aposentados ou pensionistas (72,4%),
com renda familiar mensal de 1 a 2 salários (69%), com menos de 4 anos de estudo (51,7%),
com companheiro (86,2%), tendo 2 a 3 moradores em sua residência (72,4%), podendo ser
somente o companheiro (34,5%) ou o companheiro e filho (34,5%). Dos idosos identificados
com depressão, 77,3% compõem a faixa etária de 60 a 69 anos. Os homens (75%) apresentaram
maior prevalência em relação às mulheres (66,7%) quanto à depressão leve, porém somente as
mulheres revelaram depressão severa (11,1%). A depressão leve foi prevalente independente
da ocupação, seja aposentado e/ou pensionista (66,7%) ou outra ocupação (85,8%); da renda
familiar mensal, de 1 a 2 (80%) e 3 ou mais salários (60%); e do estado civil, com (76%) ou
sem (66,7%) companheiro. Para o nível de escolaridade, os longevos que estudaram menos de
4 anos, ou se consideraram analfabetos, funcional ou não, foram identificados na sua maioria
com a sintomatologia de grau leve. Comparando o local da residência, a depressão foi
identificada em 81,3% dos que viviam na cidade e em 69,2% dos que viviam na comunidade
rural. Não há dúvida de que a depressão não é caracterizada apenas por uma tristeza profunda
e não é causada pelo processo de envelhecimento, mas está relacionada com alterações típicas
desta fase da vida, além de aspectos sociodemográficos. Neste presente estudo, a doença
depressiva mostrou prevalência em idosos de baixa renda e com baixo nível de escolaridade,
independentemente do local onde o idoso reside, sendo que 75,9% dos entrevistados foram
identificados com depressão utilizando a Escala de Depressão Geriátrica. A depressão é um
grande problema social, afeta diretamente a vida do idoso e é uma das principais causas de
morte e invalidez no país. O diagnóstico e o tratamento adequado são fundamentais para a
melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa, otimizar o uso de serviços de saúde, evitar outras
condições clínicas e prevenir óbitos prematuros.