Trabalho de Conclusão de Curso
Estrutura e dinâmica da comunidade arbórea da mata mesófila semidecídua na Estação Ecológica do Panga, Uberlândia (MG)
Registro en:
PAIVA, Luciana Vieira de. Estrutura e dinâmica da comunidade arbórea da mata mesófila semidecídua na Estação Ecológica do Panga, Uberlândia (MG). 2001. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2001.
Autor
Paiva, Luciana Vieira de
Institución
Resumen
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Florestas tropicais foram seriamente alteradas por antropização durante os últimos séculos. Isso causou profundos efeitos sobre esses ecossistemas e modificou a estrutura e a dinâmica dessas fitocenoses. Com o objetivo de verificar os processos de mortalidade, recrutamento, crescimento populacional e as mudanças temporais na composição em número de indivíduos e área basal, o presente estudo teve por determinou a estrutura e dinâmica da comunidade arbórea de uma Mata Mesófila Semidecídua na Estação Ecológica do Panga (EEP), Uberlândia (MG), referente a um período de 10,42 anos. A estrutura da vegetação arbórea da referida mata foi estudada em duas amostragens: Araújo & Haridasan (1997), em 1989 e o atual estudo, em 2000. Nesses dois estudos foram sorteadas 50 parcelas de 10 m X 10 m e registradas todas as árvores com CAP 10 cm, onde se encontrou um total de 93 espécies e 1103 indivíduos para o primeiro levantamento e 92 espécies e 1107 indivíduos para o segundo levantamento. A comunidade arbórea amostrada apresentou para número de indivíduos, taxas anuais de mortalidade e recrutamento igual a 4,01% e 4,04%, respectivamente, e para área basal, uma redução de 2,69% e acréscimo de 3,27% ano-1. A meia-vida foi de 17,27 anos e o tempo de duplicação de 17,52 anos. A comunidade apresentou um tempo de reposição de 17,40 anos e uma estabilidade de 0,25 anos. O crescimento em área basal dos sobreviventes (293,58 m2) foi superior aos que foram recrutados (71,34 m2) enquanto a perda por mortalidade foi de 290,51 m2. A maior mortalidade ocorreu em indivíduos com troncos entre 03-08 cm de diâmetro, e as espécies que mais contribuíram foram: Lithraea molleoldes, Alibertia sessilis e Campomanesia velutina (número de indivíduos mortos) e A. sessilis, Bauhinia ungulata e Faramea cyanea (número de indivíduos recrutados). Nos dois levantamentos, a comunidade teve maior concentração de indivíduos nas classes de menores diâmetros, apresentando uma distribuição de classes de tamanho em forma de um "J invertido".