Brasil
| Texto para Discussão (TD)
Avaliando o crescimento econômico no Brasil em múltiplas escalas espaciais com a utilização de modelos de painel espacial (1970-2000)
Texto para Discussão (TD) 1830: Avaliando o crescimento econômico no Brasil em múltiplas escalas espaciais com a utilização de modelos de painel espacial (1970-2000);
Evaluating economic growth in Brazil at multiple spatial scales with the use of spatial panel models (1970-2000)
Autor
Resende, Guilherme Mendes
Carvalho, Alexandre Xavier Ywata de
Sakowski, Patrícia Alessandra Morita
Resumen
O objetivo deste estudo consiste em avaliar os resultados de estimações de crescimento econômico regional em múltiplas escalas espaciais, utilizando modelos de painel espacial. As escalas espaciais examinadas são áreas mínimas comparáveis, microrregiões, mesorregiões e estados no período entre 1970 e 2000. Modelos alternativos de painel espacial com efeitos fixos foram estimados sistematicamente nestas escalas espaciais para demonstrar que os coeficientes estimados variam de acordo com a escala utilizada. Os resultados mostram que as conclusões obtidas a partir de regressões de crescimento dependem da escolha da escala espacial. Primeiramente, a hipótese de convergência de clube não pode ser rejeitada, sugerindo haver diferenças nos processos de convergência entre o norte e o sul do Brasil. Além disso, quanto mais agregada for a escala espacial utilizada, maior será o coeficiente positivo da média de anos de escolaridade. O efeito de custos de transporte é positivo e estatisticamente significante para o crescimento econômico apenas no nível do estado. Os coeficientes da densidade populacional mostram que áreas mais densamente povoadas são prejudiciais para o crescimento econômico, sugerindo efeitos de congestionamento no nível de áreas mínimas comparáveis (AMCs), microrregiões e mesorregiões, mas a magnitude destes coeficientes varia de acordo com a escala geográfica. Finalmente, os coeficientes de transbordamento espacial também variam conforme a escala espacial sob análise.
Em geral, estes coeficientes são estatisticamente significantes nos níveis de AMC, microrregião e mesorregião; mas, no nível estadual, deixam de ser estatisticamente significantes, sugerindo que transbordamentos espaciais são limitados no espaço. 45 p. ; il. Anexo 1: Base de dados das Áreas Mínimas Comparáveis - AMCs 1970-2000 Anexo 2: Base de dados ESTADO 1970-2000 Anexo 3: Base de dados das Mesorregiões - MESO 1970-2000 Anexo 4: Base de dados das Microrregiões - MICRO 1970-2000