Artigo de Evento
Práticas discursivas na Amazônia: a disputa jornalística no plebiscito no Pará
Discursive practices in the Amazon: the journalistic dispute in the plebiscite in Pará
Registro en:
2236-4285
Autor
NUNES, Paulo Jorge Martins
BRAGA, Thaís Luciana Corrêa
AQUINO, Evelyn Cristina Ferreira de
Institución
Resumen
The article aims to identify and understand the belenense discursive
practices about the plebiscite in Pará, in 2011, from the newspapers O Liberal and
Diário do Pará. Discourse is taken as a singular communicative event that involves
social actors in a specific environment. Journalism, as an act of the social word,
inscribes the self and the other in situations of co-presence and mutual affectation.
The communicational nature, proposed by Vera França, was adopted as a
theoretical-methodological stance. The Critical Discourse Studies, proposed by Van
Dijk, was used as data collection technique. The results indicated that the two
newspapers built discourses contrary to the Pará division. O Liberal evidenced the
market interest and political positioning according to the state government, treating
Carajás and Tapajós as outsiders. Diário do Pará adopted an eminently political
stance, in accordance with the interests of the RBA Group. O artigo objetiva identificar e compreender as práticas discursivas
belenenses sobre o plebiscito no Pará, em 2011, a partir dos jornais impressos O
Liberal e Diário do Pará. Discurso é tomado como um evento comunicativo
singular que envolve atores sociais em um ambiente específico. O jornalismo, como
ato de palavra social, inscreve o eu e o outro em situações de co-presença e mútua
afetação. Adotou-se a natureza comunicacional, proposta por Vera França, como
postura teórico-metodológica. Utilizou-se os Estudos Críticos do Discurso,
propostos por Van Dijk, como técnica de coleta dos dados. Os resultados
apontaram que os dois periódicos construíram discursos contrários à divisão do
Pará. O Liberal evidenciou o interesse mercadológico e posicionamento político de
acordo com o governo do Estado, tratando Carajás e Tapajós como forasteiros. Já
o Diário do Pará adotou postura eminentemente política, de acordo com os
interesses do Grupo RBA. NUNES, P. J. M.; BRAGA, T. L. C. Universidade Federal do Pará