Dissertação
Sapientia Et Beatitudo: o humano como imago Dei em Santo Agostinho
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Autor
SANTOS, Renan Santos dos
Institución
Resumen
The theme of happiness had already been treated by ancient
philosophers. But in the new Christian world that theme emerged with difference and
peculiarities. We must pay attention to the peculiarities that in the Middle Ages, in latin
language, will be designated by two words for happiness, that is: one of this expression
was the word felicitas, what indicate prosperity and fecundity. And the other term was
the word beatitudo, that implied the possession of the absolute true, representing a a of
kind the ―eternal‖, or ―ultimate‖, or ―final‖ happiness. What assume the idea of
―perfection‖ – the church appropriated the word of greek origin makaría, eudaimonia
and materialized in beatitudo (happiness), giving it a meaning beyond the religious that
was proper to it, a meaning that was beyond Christian think. But by thinking of the
ultimate end of happiness as communion (intimate union) with a God, that new thought
of as a gift and, consequently, now conceived as the fullness of goodness. We will
defend that, according to Augustine, happiness implies a communion with what one
desires as good for oneself and for others. So the individual moves away from misery,
because, how could he be happy who lives in the face of what is temporally is
unrealizable. For the other and for himself, by himself, the wise man is that one who
recognizes his natural weakness, of his weakness. However, the disturbance of the
original order leads us to live in the face of the unrealizable, since its will is directed
only at things that are impossible and incompatible with its nature. This is the position
that defende the young Augustine. Therefore, in this work we will seek to present this
whole journey of the human towards happiness, the role that wisdom plays in the
configuration of man as an image of God in the trajectory of Augustinian thought O tema da felicidade já havia sido abordado pelos filósofos antigos, mas no
novo mundo cristão que surgia, devemos atentar para as peculiaridades, pois, na Idade
Média, possuía-se dois vocábulos para designar a palavra felicidade, uma destas
expressões era o vocábulo felicitas que indicava prosperidade e fecundidade e o outro
termo era o vocábulo beatitudo que implicava na bem-aventurança, na posse do
verdadeiro absoluto, representando uma espécie de felicidade ―eterna‖, ou ―última‖, ou
―final‖, assumindo a ideia de ―perfeição‖ – a igreja apropriou-se do vocábulo de origem
grega makaría, eudaimonia e se concretizou na beatitudo (felicidade), dando-lhe um
além do religioso que lhe era próprio, um sentido além disso cristão, por pensar o fim
último da felicidade como comunhão (união íntima) com um Deus pensado agora como
dom e, consequentemente, concebido agora como plenitude da bondade. Defenderemos
que, de acordo com Agostinho, a felicidade implica em comunhão com aquilo que se
deseja enquanto bem para si e para os outros, de modo que o indivíduo se afasta da
miséria, pois, como poderia ser feliz aquele que vive diante daquilo que é
temporalmente irrealizável para o outro e para si, por si mesmo, o homem sábio é
aquele que reconhece sua natural debilidade, de sua fraqueza. Porém, o distúrbio da
ordem original nos conduz a viver diante do irrealizável, visto que sua vontade se dirige
apenas as coisas impossíveis e incompatíveis com a sua natureza. Esta é a posição
defendida pelo jovem Agostinho. Por conseguinte, neste trabalho buscaremos apresentar
todo este itinerário do humano para a felicidade destacando o papel que a sabedoria
desempenha na configuração do homem como imagem de Deus na trajetória do
pensamento agostiniano. UFPA - Universidade Federal do Pará