Resumo de eventos cient??ficos
Influ??ncia da tra????o nas caracter??sticas da fibra de carbono, de uso geral, produzida a partir de PAN t??xtil
Autor
BELINELI BARBOSA, I.A.
BERNARDI, H.H.
BLANCO, G.C.
SALES, R.C.
BALDAN, M.R.
MARCUZZO, J.S.
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CI??NCIA DOS MATERIAIS, 24.
Resumen
O Brasil ?? signat??rio do MTCR (Missile Treated Control Regime), desta forma possui limita????o de
compra de pol??meros classificados como SAF (Special Acrilic Fiber) os quais podem ser utilizados
para a produ????o de fibra de carbono de alta responsabilidade mec??nica, consequentemente,
adequados para serem empregados em pesquisas nucleares e produ????o de armamento. Desta
maneira, o Brasil n??o possui um parque industrial capaz de produzir fibras de carbono de alto
m??dulo, embora tenha capacidade t??cnica para tal. Tecnicamente, as fibras de carbono podem ser
produzidas a partir de qualquer precursor que possua alta fra????o de carbono fixo e alinhamento de
cadeias polim??ricas. Entre os mais utilizados est??o o Rayon, PAN e o piche mesof??sico. Apesar da
limita????o de material precursor, ?? poss??vel a produ????o de fibras de carbono de baixo m??dulo
(classificada como uso geral) utilizando-se fibra PAN de origem t??xtil. Neste trabalho ?? explorado a
varia????o das caracter??sticas f??sicas e qu??micas das fibras de carbono produzidas a partir de fibra
PAN t??xtil por fia????o ??mida. Inicialmente, um cabo contendo 300 mil filamentos de PAN 5.0 dtex ??
oxidado em um setup laboratorial at?? atingir caracter??stica termofixo. Ap??s esta convers??o, o cabo
?? separado em cabos menores, pesando 28 g e medindo 60 cm, que s??o colocados em um forno
tubular. Por meio de hastes, a amostra encontra-se engastada em uma extremidade e na outra o
controle de tra????o ?? feito por molas (a mola fica fora do forno). Um sistema com flanges especiais,
que permite a passagem das hastes e o controle atmosf??rico, fecha as extremidades da retorta. As
tra????es foram divididas em 5 for??as, variando de 0N a 40N. A carboniza????o ocorreu em uma taxa
de aquecimento de 30??C/min com patamar de 10 min a 1000??C. Foi utilizado g??s Arg??nio para
promover uma atmosfera inerte durante o processo de carboniza????o. As amostras foram
caracterizadas, quanto a estrutura, utilizando-se as t??cnicas de espectroscopia Raman e difra????o de
raios X. A an??lise dos grupos qu??micos presentes na superf??cie da fibra foi realizada pelo uso da
t??cnica de XPS. A textura por meio de isotermas de CO2 e FEG-MEV. Para o ensaio mec??nico,
utilizou-se um equipamento de ensaio de monofilamento destinado a ind??stria t??xtil (fafergraph)
seguindo a norma ISO 11566:1996E. Como principal resultado, tem-se a produ????o de uma fibra de
carbono que possui m??dulo de elasticidade de 1GPa e contendo grupos oxigenados em sua
superf??cie que s??o compat??veis com resinas epoxidicas. A varia????o da tra????o influencia na
caracter??stica mec??nica final e nos grupos qu??micos encontrados na superf??cie da fibra.