Dissertação
Impacto de inseticidas botânicos sobre Apis mellifera, Nannotrigona testaceicornis e Tetragonisca angustula (Hymenoptera: Apidae)
Impact of botanical insecticide on Apis mellifera, Nannotrigona testaceicornis and Tetragonisca angustula (Hymenoptera: Apidae)
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XAVIER, Vânia Maria. Impact of botanical insecticide on Apis mellifera, Nannotrigona testaceicornis and Tetragonisca angustula (Hymenoptera: Apidae). 2009. 43 f. Dissertação (Mestrado em Ciência entomológica; Tecnologia entomológica) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2009.
Author
Xavier, Vânia Maria
Institutions
Abstract
Os efeitos adversos dos produtos organo-sintéticos têm motivado a busca por alternativas no controle de pragas. Dentre estas, os inseticidas botânicos se apresentam como uma opção para o manejo desses organismos. Contudo, antes da escolha do inseticida botânico, alguns critérios devem ser analisados, tais como: eficiência no controle da praga e seletividade aos organismos benéficos presentes no agroecossistema. As abelhas Apis mellifera, Nannotrigona testaceicornis e Tetragonisca angustula (Hymenoptera: Apidae) são extremamente importantes na polinização de várias culturas. Entretanto, a utilização intensiva de inseticidas no controle de pragas tem ocasionado impactos negativos sobre os agentes polinizadores. Desta forma, objetivou-se com este trabalho avaliar os impactos dos inseticidas botânicos rotenona, andiroba, extrato de alho e óleos de neem, citronela e eucalipto sobre A. mellifera, N. testaceicornis e T. angustula. Para tanto, foram realizados bioensaios de toxicidade com os inseticidas botânicos extrato de alho, óleo de andiroba, óleo de citronela, óleo de eucalipto, neem e rotenona a A. mellifera, N. testaceicornis e T. angustula. Adicionalmente, testes de preferência alimentar e de comportamento de movimentação foram conduzidos com adultos dos polinizadores. O inseticida mais tóxico aos adultos de A. mellifera foi o óleo de neem. Já para larvas desse polinizador, além deste inseticida, a rotenona e o óleo de citronela também foram tóxicos. Para T. angustula o óleo de citronela foi o mais tóxico. Nenhum dos inseticidas botânicos estudados apresentou toxicidade a N. testaceicornis. Todos os inseticidas botânicos causaram repelência aos adultos de A. mellifera. No bioensaio de comportamento de movimentação, a rotenona, o óleo de eucalipto, o neem e o extrato de alho diminuíram a velocidade de A. mellifera, porém à distância percorrida e o tempo de caminhamento não foram afetados por nenhum dos inseticidas botânicos testados. Para N. testaceicornis e T. angustula os inseticidas não afetaram o comportamento de movimentação. Nossos resultados fornecem informações importantes para o manejo de pragas com o intuito de preservar os agentes polinizadores. Adverse effects of organo-synthetic products have motivated search in alternative control of pests. Among this alternative, botanical insecticides present a viable option for the management of these organisms. However, before the choice of the botanical insecticide, some criteria must be analyzed, such as: efficiency to control the pest and selectivity to beneficial organisms in the agroecosystem. Intensive use of insecticides to control pests has caused negative impacts on the agents pollinators. Bees Apis mellifera, Nannotrigona testaceicornis and Tetragonisca angustula (Hymenoptera: Apidae) are extremely important in pollination of various crops. Thus, the objective of this work was to evaluate the impacts of botanical insecticides rotenone, Andiroba, garlic extract and oil of Neem, citronella and eucalyptus on A. mellifera, N. testaceicornis and T. angustula. Thus, the toxicity bioassays of botanical insecticides were performed with the A. mellifera, N. testaceicornis and T. angustula. Additionally, tests of food preference and handling behavior were conducted with adults of pollinators. The most toxic insecticide to adults of A. mellifera was the oil of Neem. Rotenone and the oil of citronella were also toxic for larvae of this pollinator. Citronella of oil was the most toxic for T. angustula. None of botanical insecticides studied showed toxicity to N. testaceicornis. All botanical insecticides caused repellency to adults of A. mellifera. In the bioassay of handling behavior, rotenone, oil of eucalyptus, Neem and garlic extract decreased the speed of A. mellifera, but the distance traveled and time of walking were not affected by any of the botanical insecticides tested. Insecticides did not affect the behavior of handling of N. testaceicornis and T. angustula. Our results provide important information for pest management in order to preserve the beneficial pollinators agents present in agroecosystem. Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais