Artigo
A relevância da estrutura de capital no desempenho das firmas: uma análise multivariada das empresas brasileiras de capital aberto
Autor
Machado, Luiz Kennedy Cruz
Prado, José Willer do
Vieira, Kelly Carvalho
Antonialli, Luiz Marcelo
Santos, Antônio Carlos dos
Institución
Resumen
As mudanças econômicas ocorridas nos últimos anos tornaram a dinâmica do mercado brasileiro mais complexo, o que impacta diretamente na administração de grandes organizações, principalmente em tarefas de cunho gerencial, como é o caso das decisões referentes à definição da estrutura de capital. Contudo,
a literatura desse campo teórico está polarizada em dois trabalhos seminais: o primeiro, de Durand (1952, 1959), aborda a existência de uma estrutura ótima de capital que maximiza o valor da firma; e, no outro extremo, o trabalho de Modigliani e Miller (1958, 1963) considera que o modo como as firmas se
financiam é irrelevante. Nesse sentido, o objetivo foi verificar a efetiva interferência da estrutura de capital no desempenho das firmas brasileiras listadas na BM&FBOVESPA. A amostra se constituiu em dados de corte transversal (cross section) e foram selecionados dos últimos balanços de todas as empresas listadas na BM&FBOVESPA, disponíveis na base de dados Economática ® . As técnicas utilizadas foram a análise de variância (ANOVA) e a análise discriminante. Entre os indicadores utilizados, observou-se que apenas a liquidez geral, o grau de imobilização, a Q de Tobin, e a oportunidade de crescimento, foram significativas a 1%. Os resultados encontrados indicam
que a estrutura de capital não está diretamente relacionada com o desempenho das firmas brasileiras listadas na BM&FBOVESPA. Nesse ínterim, os resultados apontam para a consolidação das teorias financeiras expostas por Modigliani
e Miller (1958, 1963) em oposição à corrente tradicionalista iniciada nos estudos de Durand (1952).