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Prosocial dispositions in education: causes of their absence and their conditions of possibility
Disposições pró-sociais na educação: causas de sua ausência e suas condições de possibilidade
Registro en:
10.5902/2448065774587
Autor
Chagas, Emiliano Kelm Duet
Institución
Resumen
Prosocial dispositions is a term intended to encompass human qualities such as empathy, altruism and solidarity. These are qualities that propel the individual beyond self-interest as he begins to take the common good as the axis of his reflections, projects and actions in the world. In my philosophy internship experience, interacting with students led me to consider reflection on pro-social dispositions as the axis of philosophical investigation, insofar as two aspects were evident in the students' positions: the absence of self-perception as social agents capable of promoting the changes they themselves aspire to in the world and the lack of pro-social dispositions to motivate their life projects. I develop the causes for the absence of such dispositions and the students' self-perception as social agents throughout the article, resorting to theoretical references. In summary, the causes I develop are: I. The hijacking of subjectivity by neoliberal ideology; II. The erasure of students in an education system perceived by them as authoritarian and content-oriented; and III. The lack of methodologies, in the conventional education system, capable of developing the attitudinal knowledge necessary for social engagement. I keep in mind that the pro-social dispositions discussed throughout the article are not necessarily the result of a choice, but arise from an inescapable inner appeal, which surfaces in the individual's encounter with injustice, with suffering. The necessary conditions for this ethical appeal to emerge and develop into concrete actions, as well as the role of school teaching and, in particular, the discipline of philosophy in favoring it, were the subject of my reflection. Disposições pró-sociais é um termo que visa abranger qualidades humanas tais como a empatia, o altruísmo e a solidariedade. Trata-se de qualidades que propelem o indivíduo para além do interesse próprio na medida em que este passa a tomar o bem comum como eixo de suas reflexões, projetos e ações no mundo. Em minha experiência de estágio em filosofia, o convívio com os educandos me levou a considerar a reflexão sobre as disposições pró-sociais como o eixo da investigação filosófica na medida em que dois aspectos se evidenciaram nos posicionamentos dos estudantes: a ausência da autopercepção de si enquanto agentes sociais capazes de promover as mudanças que eles próprios aspiram para o mundo e a falta de disposições pró-sociais a motivar seus projetos de vida. Desenvolvo as causas para a ausência de tais disposições e da autopercepção dos educandos enquanto agentes sociais ao longo do artigo recorrendo a referenciais teóricos. Em síntese, as causas que desenvolvo são: I. O sequestro da subjetividade pela ideologia neoliberal; II. O apagamento dos estudantes em um sistema de ensino por eles percebido como autoritário e conteudista; e III. A falta de metodologias, no sistema de ensino convencional, capazes de desenvolver os saberes atitudinais necessários ao engajamento social. Tenho em mente que as disposições pró-sociais tematizadas ao longo do artigo não são necessariamente fruto de uma escolha, mas surgem de um apelo interior inescapável, que vem à tona no encontro do indivíduo com a injustiça, com o sofrimento. As condições necessárias para que este apelo ético surja e se desenvolva em ações concretas, bem como o papel do ensino escolar e, em especial, da disciplina de filosofia em favorecê-lo, foram o tema de minha reflexão.