info:eu-repo/semantics/article
Examination dialogue: proposal of a dialectical model for the promotion of critical thinking in classroom.
Diálogo examinativo: proposta de um modelo dialético para a promoção do pensamento crítico em sala de aula
Registro en:
10.5902/2448065763656
Autor
Cabral, Daniel Filipe Rodrigues
Institución
Resumen
Critical thinking can be defined as a reasonable and reflective kind of thinking about what to do or believe. Its insertion and promotion in schools and universities consists of an ideal supported by philosophers of education since, at least, the beginning of the 20th century. The ideal critical thinker, an archetype designed to represent the individual who ideally thinks critically when it is appropriate and does it well, can be characterized by his abilities and dispositions. A dissonance arises when we contrast the dispositions of what would be the ideal critical thinker and its viability as an educational goal with evidence from empirical studies that suggest tendencies to cognitive biases and other reasoning flaws characteristic of humans when evaluating and arriving at judgments and operating logically. Although, despite such evidence, there are good reasons to consider the development of critical thinking as a achievable and valid goal to to be pursued educationally, the available literature lacks pragmatic models that contribute to the exercise of such dispositions in an environment of classroom. This papper defends the interpretation of a dialectical structure, the examination dialogue, as a valid and effective pedagogical tool in the exercise and development of some dispositions of someone who thinks critically. I will argue that this model supports the acquisition of habits suitable to the environment that favors dialogue and articulation of ideas characteristic of educational contexts that seek critical thinking as one of its paradigms. O pensamento crítico pode ser definido como o pensamento razoável e reflexivo acerca do que fazer ou em que acreditar. Sua inserção e fomento nas escolas e universidades consiste em um ideal defendido por filósofos da educação desde, pelo menos, o início do séc. XX. O pensador crítico ideal, arquétipo desenvolvido para representar o indivíduo que idealmente pensa criticamente quando é apropriado e o faz bem, pode ser caracterizado por suas habilidades e disposições. Uma dissonância surge ao contrastar as disposições do que seria o pensador crítico ideal e sua viabilidade como objetivo educacional com evidências provindas de estudos empíricos as quais sugerem tendências a vieses cognitivos e a outras falhas de raciocínio características do ser humano ao avaliar e construir juízos e operar logicamente. Embora, não obstante a essas evidências, haja boas razões para considerar o desenvolvimento do pensamento crítico uma meta viável de ser alcançada e válida de ser perseguida educacionalmente, a literatura disponível carece de modelos pragmáticos que contribuam para o exercício de tais disposições em um ambiente de sala de aula. Este artigo defende a interpretação de uma estrutura dialética, o diálogo examinativo, como uma ferramenta pedagógica válida e eficaz no exercício e no desenvolvimento de algumas disposições daquele que pensa criticamente. Argumentarei que esse modelo propicia a formação de hábitos convenientes ao ambiente de diálogo e articulação de ideias característico de contextos educacionais que buscam o pensamento crítico como um de seus paradigmas.