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Border studies and International Relations Theories: an emancipatory framework
Estudos fronteiriços e Teorias das Relações Internacionais: uma estruturação emancipatória
Registro en:
10.5902/2357797574635
Autor
Ludwig, Fernando José
Institución
Resumen
Throughout the history of International Relations, borders have been marginalised both practically and, to a greater extent, theoretically. On the one hand, conceptualizations of borders are typically subordinate to other ideas within the field, such as sovereignty, territory, security, conflict, and peace. On the other hand, it is frequently regarded as a source of conflict or simply as a geographical boundary. Thus, it is not surprising that this situation of marginalisation (conventional view of boundaries) produced a hegemonic perspective on borders until the conclusion of the Cold War. Nonetheless, the rearrangement of the international system and the expansion of regional integration resulted in a more dynamic, complex, and multidimensional outline. This work seeks to answer the following research question: in what ways would a perspective contribute to the field of border studies? It is proposed that such a theoretical framework would reassign border studies from an underlying to a fundamental premise, elevating them to a more significant level. This reinterpretation has direct and indirect effects on border politics in practice. Ao longo da história das Relações Internacionais, as fronteiras foram marginalizadas, tanto sobre sua importância prática quanto – e com maior intensidade – teórica. Por um lado, corriqueiramente a concepção de fronteiras fora subjacente a outros conceitos, tais como o de soberania, território, segurança, guerra, paz, por exemplo. Por outro, frequentemente ponderada como fonte de conflitualidade, ou meramente como limite territorial. Assim, não é surpresa que esta condição de marginalização (visão tradicional) formaram uma interpretação hegemônica das fronteiras até o final da guerra fria. Contudo, com o fim do conflito bipolar e o boom da integração regional, a instrumentalização das fronteiras passou a incorporar contornos mais dinâmicos, complexos e multidimensionais. Deste modo, o presente artigo visa apresentar a seguinte pergunta de partida: quais seriam as possíveis contribuições de uma visão [teoria] crítica para o campo dos estudos fronteiriços? Argumenta-se que o entendimento teórico, conceitual das fronteiras deve ser redirecionado para o cerne das discussões em teorias das relações internacionais, através da emancipação de sua acepção tradicional. Passando, portanto, de conceito subjacente, ao central. Na prática tal re-conceptualização implica num redirecionamento das políticas (tanto estatais quanto internacionais) alusivas as regiões fronteiriças.