Waste tyres discarded and accumulated in inadequate places represent a threat to the environment and public health. The problem related to the final disposal of such a solid waste occurs in every country in the world; thus, laws and standards that regulate, control, and assess solid waste management, such as waste tyres, are necessary. In Brazil, since 2009, manufacturers and importers must collect and properly dispose of a waste tyre for each new tyre sold. The National Solid Waste Policy implemented in 2010 requires tyre manufacturers, importers, distributors, and traders to implement reverse logistics systems. In this scenario, this work aims to assess the evolution of waste tyres disposal and recycling in Brazil and verify the compliance with the resolutions of Brazilian environmental agencies, also listing the main destinations. The methodology adopted consists of examining bulletins and documents from Brazilian environmental agencies between 2010 and 2019. As a result, the fulfilment of the national destination goal for the manufacturers and importers of new tyres, and the effective amount of tyres disposed of in an environmentally acceptable way, was not reached in any of the evaluated years. On the other hand, new tyre manufacturers met the target every year, while importers did not. From 2010 to 2019, the main types of disposal activities were co-processing (2,615,299 t), granulation (1,241,456 t) and lamination (495,624 t). On average, the Southeast region has the highest percentage of waste tyres disposal (57.0%), followed by the South region (23.0%), while the lowest percentage was observed in the North region (2.2%). Despite the regulations for the reuse of waste tyres, the practices adopted in Brazil cannot be considered environmentally adequate. In addition, it is important to note that the data analyzed refer to the information collected, which may not represent the total number of companies existing in the country.Os pneus inservíveis quando descartados ou acumulados na natureza ou em locais inadequados representam uma ameaça ao meio ambiente e à saúde pública. A problemática de disposição final de resíduos sólidos ocorre em todos os países do mundo, sendo necessárias leis e normas que regulamentem, controlem e avaliem o gerenciamento de resíduos sólidos como os pneus inservíveis. No Brasil, desde 2009, os fabricantes e importadores de pneus novos devem coletar e dar destino adequado aos pneus inservíveis. A Política Nacional de Resíduos Sólidos instituída em 2010 obriga os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de pneus a implantar sistemas de logística reversa. Neste cenário, este artigo tem como objetivo avaliar a destinação e reciclagem dos pneus inservíveis no Brasil, e verificar o efetivo cumprimento das resoluções dos órgãos ambientais brasileiros e elencar as principais destinações. A metodologia adotada consiste na análise de boletins e documentos dos órgãos ambientais brasileiros de 2010 a 2019. Como resultado, o cumprimento da meta de destinação nacional total não foi alcançado em nenhum dos anos avaliados. Por outro lado, em todos os anos os fabricantes de pneus novos cumpriram a meta, enquanto importadores não. Os principais tipos de atividades de destinação entre 2010 e 2019 foram o co-processamento (2.615.299 t), a granulação (1.241.456 t) e a laminação (495.624 t). Em média, a região sudeste possui o maior percentual de destinação de pneus inservíveis (57,0%), seguida pela região sul (23,0%), sendo o menor percentual registrado na região norte (2,2%). Apesar da regulamentação de reaproveitamento de pneus inservíveis, as práticas adotadas no Brasil não podem ser consideradas ambientalmente adequadas. Ainda, é importante observar que os dados analisados se referem às informações coletadas, que podem não representar o número total de empresas existentes no país.