This article analyses Atwood's novel Oryx & Crake (2003) as to identify if and how it sets forth a critique on post-humanism. Therefore, we discuss how the narrative makes use of dystopian artefacts from XXI society as to elaborate on the matter of the interconnection established between human life and the machine. What does the narrative inform us regarding the influence of a post-human society on the environment, on our relation to machines, and on our relation even to ourselves as post-human subjects? It is important to say we shall be looking at post-humanism in both ways: as a moment to debunk humanist naiveté, as well as the contemporary man-made society where the human and the non-human are deeply intertwined. The discussion proposed, therefore, reminds one of the pertinence of dystopia as a mirror to the society whence it surfaces – and especially concerning the new critical perspectives emerging from a post-human dystopia. The fruitful critique articulated by the characters of Oryx & Crake (2003) regarding this post-human future, where everything seems to go wrong, is a response to the questionable idea that dystopias would not be pertinent if one lives distant from the shadow of an overtly tyrannical political regime possibility.Este artigo analisa o romance de Atwood Oryx & Crake (2003) para identificar se e de que forma seu desenvolvimento integra a crítica sobre o afeto no pós-humanismo. Assim, discutimos como a narrativa faz uso de artefatos distópicos da sociedade do século XXI para elaborar acerca da questão da conexão entre o humano e a máquina, bem como a falta de afeto resultante dela. O que a narrativa nos diz a respeito da influência da sociedade pós-humana na nossa relação afetiva com o meio ambiente, com a máquina e entre nós como sujeitos pós-humanos? É importante dizer que olhamos para o pós-humanismo de duas formas: como o momento de descreditar a ingenuidade humanista, bem como a sociedade fabricada no qual o humano e o pós-humano se veem irreversivelmente interligados. A discussão proposta, portanto, nos lembra da pertinência da distopia como um espelho da sociedade de onde ela emerge – especialmente no que concerne à novas perspectivas críticas fornecidas pela distopia pós-humana. A crítica frutífera articulada pelo mundo afetivo dos personagens de Oryx & Crake (2003) acerca do futuro pós-humano, onde tudo parece dar errado, é uma resposta à ideia questionável de que as distopias não teriam pertinência em um mundo que se vê supostamente isento da possibilidade de um regime político absolutista global.