This article evaluates the role of political publisher presses in Portugal, before and after the Carnation Revolution in 1974. Firstly, I intend to demonstrate that, in spite of the repression and censorship under dictatorship, these presses were able to have an important role, by publishing books that were a challenge to power. Secondly, I indicate how the revolutionary process was reflecting in the publisher’s field. And finally, I focus in two important publishers presses: Seara Nova and Estampa. Both were already very active in publishing leftwing literature even during the dictatorship. They also had connections with the Portuguese Communist Party (PCP) and increased their space in the Portuguese publishers’ world after the April, 25th 1974. Este artigo aborda a atuação de editoras de caráter político em Portugal antes e depois da Revolução dos Cravos de 1974, buscando mostrar que, apesar dos cerceamentos que sofriam sob a ditadura, estas editoras conseguiram ter um importante papel na publicação de livros que representavam um desafio ao poder instituído. Em seguida, procuro indicar como o processo revolucionário que se inicia após o golpe dos “capitães de Abril” se refletiu no campo editorial. Finalmente, apresento um esboço da história de duas editoras fundamentais nesse processo: as editoras Seara Nova e Estampa. Ambas mantiveram em determinados momentos ligações com o Partido Comunista Português (PCP), atuaram de modo significativo no campo da publicação de obras de esquerda mesmo durante a ditadura, e incrementaram sua participação no mundo editorial português após o 25 de Abril de 1974.