info:eu-repo/semantics/article
Memory Aporias: Resistant Writing Strategies in Three Contemporary Brazilian Novels
Aporias da memória: estratégias de escrita resistente em três romances contemporâneos brasileiros
Registro en:
10.5902/1679849X67797
Autor
Gonçalves, Dayane de Oliveira
Institución
Resumen
Based on the twofold resistance narratives possibility, presented by Alfredo Bosi (1996), the focus is on the novels K. Relato de uma busca (2011), by Bernardo Kucinski; Não falei (2014), by Beatriz Bracher; and O corpo interminável (2019), by Claudia Lage. The three novels, when approaching the Brazilian civil-military dictatorship, as well as its consequences that are still present, due to a process of extorted reconciliation, undoubtedly have a theme of resistance. However, it is intended to think about them also from the conception of resistance as an immanent form to writing. For this purpose, the objective is to verify the narrative strategies used, looking to check the hypothesis that the aporia of the memory holds within itself the spark of the aesthetic potency of each novel, of the formal resolutions that each of them will find to deal with the (im)possibilities of memory narration. A partir da dupla possibilidade de constituição de narrativas de resistência, apresentada por Alfredo Bosi (1996), coloca-se em foco os romances K. Relato de uma busca (2011), de Bernardo Kucinski; Não falei (2014), de Beatriz Bracher; e O corpo interminável (2019), de Claudia Lage. Os três romances, ao abordarem a ditadura civil-militar brasileira, bem como suas consequências que ainda se fazem presentes, muito em razão de um processo de reconciliação extorquida, apresentam certamente uma temática de resistência. Pretende-se, no entanto, pensá-los também a partir da concepção de resistência como forma imanente à escrita. Para tanto, objetiva-se verificar as estratégias narrativas utilizadas, buscando conferir a hipótese de que a aporia da memória guarda em si a faísca da potência estética de cada romance, das saídas formais que cada um deles irá encontrar para lidar, então, com as (im)possibilidades da narração da memória.