Trabalho de conclusão de graduação
Prescrição de medicamentos potencialmente perigosos em uma unidade de terapia intensiva pediátrica
Registro en:
MOREIRA, Graziella Arrudas. Prescrição de medicamentos potencialmente perigosos em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. 2013. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia) - Colegiado de Ensino de Graduação - Macaé, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Macaé, 2013.
Autor
Moreira, Graziella Arrudas
Institución
Resumen
Introdução: A vulnerabilidade das crianças quanto ao uso de medicamentos é conhecida, porém os estudos nesta população são escassos. Quando a farmacoterapia envolve medicamentos potencialmente perigosos (MPP), classificados dessa forma pelo risco inerente de lesar o paciente quando utilizados incorretamente, o monitoramento torna-se ainda mais relevante. Objetivo: O presente estudo buscou determinar a frequência de prescrição de MPP indicados para pediatria em ambiente hospitalar e identificar possíveis interações medicamentosas (IM) entre os MPP e os demais medicamentos prescritos. Metodologia: Para este estudo, foram analisadas prescrições de pacientes entre zero e 14 anos, admitidos no setor de terapia intensiva do Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no período entre primeiro de janeiro e 30 de junho de 2013. Os dados coletados foram registrados em planilha do Excel® , contendo: código do paciente, datas de nascimento e internação, MPP prescritos e IM identificadas, por dia de internação. A frequência de prescrição de MPP e de IM envolvendo os mesmos foi obtida por meio do cálculo de prevalência. A análise da frequência de IM considerou a relação proposta por Oliveira e Lima-Dellamora (2013) na qual as interações envolvendo MPP indicados para crianças foram sintetizadas. Resultados: A análise de 772 prescrições foi realizada para 53 pacientes. Dentre 22 MPP investigados, apenas 13 foram detectados nas prescrições. Midazolam (50,26%), furosemida (36,79%), formulações contendo cálcio (20,33%) e fenobarbital (18,78%) foram os mais prevalentes. Quinze porcento das prescrições apresentaram IMs envolvendo MPP, totalizando 221 IM encontradas. Interações envolvendo MPP com ação no sistema nervoso foram as mais prevalentes, destacando-se a interação entre fenobarbital e os fármacos: midazolam (24,43%), fentanil (20,81%), metadona (15,38) e lorazepam (13,57%). Foi encontrada relação positiva entre o número de IMs detectadas e o aumento da idade do paciente.