Trabalho de conclusão de graduação
Aplicação do princípio da insignificância aos crimes de posse e porte de arma e munição pelo STF
Registro en:
AGUIAR, Isaque Soares de. Aplicação do princípio da insignificância aos crimes de posse e porte de arma e munição pelo STF. 2022. 76 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Faculdade Nacional de Direito, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
Autor
Aguiar, Isaque Soares de
Institución
Resumen
A primeira vez que se tem notícia de uma conceituação material do princípio da insignificância
foi em 1964 com o autor Claus Roxin. A partir de então esse princípio tem demonstrado sua
grande importância para a correta interpretação das normas penais, sobretudo por meio de sua
potencial contribuição para um direito penal racional. No Brasil, a primeira decisão que buscou
sistematizar a aplicação desse princípio foi em 2004, a partir do julgamento do HC nº
84.412/SP. A ampliação da aplicação do princípio da insignificância alcançou os delitos dos
arts. 12, 14 e 16 do Estatuto do Desarmamento, sob a discussão do que consiste a lesão ao bem
jurídico tutelado por esses dispositivos penais. Nesse sentido a presente monografia buscou
entender a relação entre crimes de perigo abstrato e violação do bem jurídico e de como essa
lesão pode ser aferida para fins de aplicação do princípio da insignificância. Para tanto
perscrutamos o caminho histórico do bem jurídico, a fim de que fosse possível estabelecer
premissas básicas para entender o fundamento da incriminação do direito penal moderno. Após,
procedemos à análise do princípio da insignificância, seu conceito, natureza jurídica, critérios
e requisitos para sua aplicação, bem como o efeito de sua aplicação, para só então analisarmos
os acórdãos em temas que geram discussões quanto a aplicação do princípio da insignificância
aos delitos previstos nos arts. 12, 14 e 16 da Lei nº 10.826/2003.