Trabalho de conclusão de graduação
Uso de medicamentos para tratamento da COVID-19 no Brasil: uma pesquisa transversal on-line
Registro en:
ALVES, Gabrielle Marques de Souza. Uso de medicamentos para tratamento da COVID-19 no Brasil: uma pesquisa transversal on-line. 2022. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia) – Instituto de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Macaé, 2022.
Autor
Alves, Gabrielle Marques de Souza
Institución
Resumen
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - PIBIC O novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, surgiu na China no final do ano de 2019 e se espalhou rapidamente pelo mundo. O primeiro caso de contaminação no Brasil aconteceu em fevereiro de 2020 e atualmente já temos mais de 23 milhões de casos confirmados (WHO, 2022). Durante a pandemia de COVID-19, o Conselho Federal de Farmácia divulgou informes relatando o aumento significativo das vendas de alguns medicamentos que foram associados à prevenção ou tratamento da doença (CFF, 2021). Portanto, o objetivo deste trabalho foi fazer um panorama do uso de medicamentos para tratamento da COVID-19 no Brasil. Para isso, foi realizada uma pesquisa on-line quantitativa, do tipo descritiva e transversal, no período de setembro de 2020 a março de 2021. Um questionário para pessoas que tiveram diagnóstico de COVID-19 foi distribuído através de e-mail, redes sociais, como Whatsapp, Instagram e Facebook. Dos 218 participantes que responderam aos questionários, 53.7% tiveram o diagnóstico de COVID-19 através do teste RT-PCR e 8,7% precisaram ser hospitalizados. A maioria dos participantes da pesquisa eram indivíduos brancos (67,9%), atuantes na área da saúde (37,2%), com renda entre 4 a 12 salários (36,2%) e residentes na região sudeste do país (85,3%). As principais condições de risco para agravamento da COVID-19 relatadas foram hipertensão (16,5%) e obesidade (13,8%). Os medicamentos mais utilizados para o tratamento da COVID-19 foram: azitromicina (83%), ivermectina (60,8%), dipirona (53,6%), vitaminas C (47,1%) e D (38,6 %), zinco (35,3%) e prednisona (28,8%). Os dois medicamentos mais utilizados para tratamento da COVID-19 foram azitromicina e ivermectina, os quais fazem parte do “kit COVID-19”, apesar de não haver evidências científicas que embasem o uso destes medicamentos. O uso irracional de medicamentos representa risco à saúde da população, uma vez que pode estar associado a efeitos adversos graves, interações e resistência medicamentosa.