Trabalho de conclusão de graduação
Os meteoritos e a formação do sistema solar
Registro en:
NEVES, Maria Elizabeth Silva. Os meteoritos e a formação do Sistema Solar. 1980. 133 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Astronomia) - Observatório do Valongo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1980.
Autor
Neves, Maria Elizabeth Silva
Institución
Resumen
A Terra é bombardeada anualmente por milhares ou milhões de toneladas de material extraterrestre; desses, os que chegam a atingir o solo são chamados meteoritos. Os meteoritos podem ser divididos em três grupos básicos: aerólitos ou pétreos, sideritos ou metálicos, e siderólitos ou metálicos pétreos. Os aerólitos são constituídos basicamente de silicatos, como olivina e piroxênios. São subdivididos em condritos e acondritos. Os condritos são caracterizados pela presença de pequenas esférulas (3mm) de agregados de olivina ou piroxênios, e uma pequena quantidade de ferroniquelífero. Os acondritos não possuem côndrulos. Os sideritos são constituídos basicamente de ferroniquelífero, podendo conter algumas inclusões de silicatos em quantidades equiparáveis. Os siderólitos penetram a atmosfera terrestre com velocidades que podem variar de 15 a 20 km/seg e excepcionalmente com o limite de 70 km, dependendo do sentido do seu movimento em relação à Terra. Esta super velocidade pode, por vezes, desintegrar os meteoritos menores; por outro lado, há meteoritos bastante grandes para provocar fenômenos catastróficos, como é o caso da cratera meteorítica do Arizona. Embora ainda nada de definitivo se possa dizer quanto à origem dos meteoritos, asteroidais ou cometários, o crescente número de estudos que vêm sendo executados com materiais destes corpos tem contribuído surpreendentemente para novos enfoques de problemas fundamentais, tais como: idade do sistema solar, idade do Sol, abundância e distribuição dos elementos, origem dos elementos (nucleossíntese), comportamento no tempo da radiação cósmica, origem do sistema solar, natureza dos núcleos cometários, síntese abiótica e origem da vida. Por tudo isto e mais, a estranha fascinação que os meteoritos nos inspiram, pois ainda são, como disse Edward Anders, de Chicago, “a sonda espacial do homem pobre”, vale estudá-los e preservá-los cuidadosamente nas coleções das instituições de responsabilidade científica.