Este trabalho de conclusão de curso é um estudo qualitativo realizado a partir da observação e vivência que tive como estagiária, auxiliar e professora regente, em duas turmas de crianças de 5-6 anos em uma escola privada na zona norte do Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca: o MIIN. O objetivo da pesquisa é trazer elementos teóricos e experiências empíricas desenvolvidas nesse espaço que contribuam para a compreensão da brincadeira como eixo pedagógico na educação infantil, conforme afirmam as DCNEI/2010. Como a brincadeira pode aparecer no cotidiano da educação infantil? Qual é o papel do professor para enriquecer as possibilidades de brincadeira das crianças? Como o brincar pode se articular com os projetos de trabalho desenvolvidos? Como aporte teórico para as reflexões aqui apresentadas, que fundamentam e ampliam a perspectiva discutida, destaco: Borba, Sarmento, Vygotsky, Arenhart, Freire e Barbosa. Propondo uma análise e debate crítico sobre o papel da brincadeira no desenvolvimento cultural e cognitivo das crianças, e sua centralidade nos documentos orientadores de práticas pedagógicas para a educação infantil, aponto a necessidade de um brincar que não busca produzir algo ao fim, mas se realiza enquanto expressão cultural, direito fundamental da criança e experiência lúdica e de fruição. Assim, o trabalho destaca a brincadeira enquanto parte do nosso escopo de responsabilidades profissionais, tanto no que concerne à observação e análise dessas práticas, como na intervenção e ampliação desse brincar; que não obstante, precisa de disposição física e emocional do professor, de estar brincante. Nesse sentido, é fundamental que se tenha tempo e disponibilidade para brincadeira, flexibilidade do cotidiano e da rotina dos espaços pré-escolares, formações pedagógicas que bebam de referências cujo entendimento do brincar não mais naturalize-o como atividade de menor importância.