Trabalho de conclusão de graduação
Envolvimento de reguladores traducionais e do sistema ubiquitina-proteassoma em modelos de toxicidade de oligômeros de Aβ
Registro en:
FERREIRA, D. C. (2016). Envolvimento de reguladores traducionais e do sistema ubiquitina-proteassoma em modelos de toxicidade de oligômeros de Aβ [Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.
Autor
Ferreira, Danielle Cozachenco
Institución
Resumen
Evidências crescentes apontam que o sistema ubiquitina-proteassoma (UPS), principal maquinaria de degradação celular, encontra-se inibido na doença de Alzheimer (DA). Essa inibição parece diminuir a degradação do peptídeo β-amiloide (Aβ), facilitando seu acúmulo e agregação, formando oligômeros de Aβ (AβOs), neurotoxinas fundamentais na DA. A inibição do proteassoma também parece levar a diminuição de proteínas sinápticas, característica da DA. Por outro lado, já foi demonstrado que ocorre redução da síntese global de proteínas em modelos de DA. Esses dois eventos podem estar interligados, por exemplo, através de repressores traducionais. Nós hipotetizamos que, na DA, AβOs induzem inibição proteassomal, que levaria ao acúmulo de repressores traducionais que, por fim, inibiriam a tradução, especialmente de proteínas sinápticas.
A partir disso, investigamos quais alterações os AβOs, utilizados como modelo agudo de DA pelo nosso grupo, causam no UPS e na síntese de proteínas, avaliando reguladores traducionais. Vimos, por exemplo, que os AβOs induzem redução do proteassoma em sinapses neuronais. Vimos também aumento de expressão do gene Fmr1 e da proteína correspondente, o repressor Fragile-X mental retardation protein (FMRP), em culturas neuronais hipocampais expostas a AβOs ou lactacistina, inibidor farmacológico do proteassoma. Já em relação à tradução, observamos diminuição de diversas proteínas das vias de ERK e mTOR no hipocampo de camundongos Swiss 7 dias depois da injeção intracerebroventricular (i.c.v.) de AβOs. Essas vias estão associadas à síntese de proteínas sinápticas e regulação dos níveis de FMRP. Portanto, nossos resultados
sugerem que os AβOs induzem disfunção proteassomal, acúmulo de repressores e redução da tradução, possivelmente por intermédio das alterações no UPS.