Trabalho de conclusão de graduação
Desafios tecnológicos e econômicos no projeto industrial de uma planta de etanol de segunda geração
Autor
Tostes, Matheus Bimbi Mallat
Institución
Resumen
A preocupação das políticas públicas com o impacto humano no meio ambiente é crescente.
Dentre os esforços para reduzir as emissões de gases de feito estufa, o etanol apresenta uma
possibilidade de substituir combustíveis fósseis em veículos. O etanol é quase totalmente
produzido pela rota biotecnológica– a partir do milho nos EUA, maior mercado, e da cana-de-
açúcar no Brasil, o segundo. O desenvolvimento de tecnologias para produzir etanol a
partir de resíduos lignocelulósicos – de segunda geração – deparou-se com desafios
operacionais ou de custo. Em 2021, a Raízen anunciou que havia se tornado a primeira
empresa a dominar a tecnologia de modo rentável e iria expandir sua produção. Este
trabalho é baseado em relatório técnico do National Renewable Energy Laboratory de
conversão de biomassa lignocelulósica em etanol. A partir de seus dados e da literatura de
avaliação de projetos industriais na indústria química, construiu-se um modelo de fluxo de
caixa descontado para avaliar uma planta semelhante à da Raízen no Brasil. Constatou-se a
viabilidade do projeto, embora o produto seja incapaz de competir com o etanol
convencional em termos de preço. Em seguida, foram realizadas análises de sensibilidade
que indicaram que a Raízen pode se aproveitar de sinergias para reduzir custos e
investimentos, robustecendo o retorno do projeto. Além disso, a empresa dispõe de vasto
suprimento próprio de cana-de-açúcar, o que representa um diferencial competitivo. Assim,
é possível que a Raízen esteja em posição vantajosa no mercado para comercializar esse
produto.