Trabalho de conclusão de graduação
Proveniência de rochas vulcanoclásticas subaquosas da região de Rear Arc de Izu-Bonin-Mariana, sudeste do Japão (expedição 350 do IODP)
Autor
Araújo, Fellippe Roberto Alves Bione de
Institución
Resumen
Izu-Bonin-Mariana (IBM) é um sistema de arcos de ilha intraoceânicos que começou a se formar no Eoceno, há cerca de 52 Ma, como resultado da subducção, de leste para oeste, da placa do Pacífico sob a placa das Filipinas. Entre março e maio de 2014, o International Ocean Discovery Program (IODP) realizou a expedição 350, onde foram realizadas perfurações com amostragem no arco de Izu, incluindo a primeira perfuração na região de rear arc já realizada (sítio U1437). O presente trabalho visa o estudo de proveniência de rochas vulcanoclásticas recuperadas do rear arc de Izu nesta expedição. Para atingir tal objetivo, foi utilizada a metodologia de contagem de pontos de Gazzi-Dickinson onde foram contados 600 pontos por lâmina em 58 lâminas petrográficas pertencentes a sete unidades litoestratigráficas distintas. Todos os componentes das rochas foram contados, e quartzo, feldspatos e fragmentos líticos foram recalculados para 100%. Estes dados foram plotados em diagramas triangulares de classificação de ambiente tectônico e de arenitos. Complementarmente foram feitas análises em microscópio eletrônico de varredura (MEV) em duas dessas lâminas. As rochas foram classificadas geotectonicamente como sendo pertencentes a um arco dissecado e litologicamente como lito-arenito ou lito-arenito feldspático. A partir de correlações entre as quantidades de fragmentos líticos, vidro vulcânico e cristais, foi possível identificar variações composicionais ao longo da seção. Estas variações provavelmente indicam diferentes rochas e/ou áreas fontes de contribuição de sedimentos para a microbacia, e estão relacionadas com a evolução do arco. Comparando os resultados a dados prévios da região frontal do arco, as rochas do rear arc apresentam maior quantidade de quartzo, indicando que suas rochas-fonte poderiam estar em um estágio evolutivo mais avançado. Além disso, rochas das unidades mais novas também tendem a possuir mais quartzo que as mais antigas.