Papers presented at events
Violência contra a gestante: rastreio em uma unidade básica de saúde do Distrito Federal
Registro en:
SILVA, Regiane Rodrigues da; ARRAIS, Alessandra da Rocha. Violência contra a gestante: rastreio em uma unidade básica de saúde do Distrito Federal. In: ENCONTRO CIENTÍFICO DE PESQUISAS APLICADAS ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE., 1., 2015, Brasília. Anais [...]. Brasília: Fiocruz Brasília, 2015. 12 p. Apresentação de slides e Resumo.
Autor
Silva, Regiane Rodrigues da
Arrais, Alessandra da Rocha
Resumen
Regiane Rodrigues da Silva e Alessandra Rocha Arrais, representantes da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, convidadas pela Fiocruz Brasília, para apresentação de trabalho no evento: Trabalho apresentado no evento: I PesquisaSUS – Encontro Científico de Pesquisas Aplicadas às Políticas Públicas em Saúde da Escola Fiocruz de Governo da FIOCRUZ Brasília. O I PesquisaSUS compôs as atividades da I Semana de Publicações e Práticas da Escola Fiocruz de Governo, realizado de 23 a 25 de novembro de 2015 na FIOCRUZ Brasília. Introdução: Uma a cada seis mulheres sofre algum tipo de violência no mundo, geralmente o perpetrador é o marido ou o namorado (OMS, 2005). Apesar de frequente, a violência na gestação é um fenômeno que permanece invisibilizado. A rotina de rastreio da violência nas unidades de saúde possibilita a adoção de intervenções que reduzam a incidência de violência e propiciem melhores condições de vida e saúde (NELSON, et al., 2012). Objetivos: Rastrear a violência praticada por parceiro íntimo contra as gestantes cadastradas no pré-natal em uma unidade básica de saúde do DF. Metodologia: Os dados que embasam este trabalho foram extraídos de uma pesquisa mais ampla de método misto que fez uso de técnicas quanti-qualitativas para coleta e análise dos dados. Durante três meses (Junho a Agosto de 2015) foi realizado o rastreio. A coleta de dados foi feita por meio do Abuse Assessment Screen (AAS), instrumento validado no Brasil para o questionamento sobre violência contra a gestante (REICHENHEIM, et al. 2000). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP –, por meio do parecer nº. 40678314.7.0000.5553. Discussão dos resultados: 193 gestantes foram convidadas a participar da pesquisa. Destas, 14 não apresentaram interesse em participar, após terem sido informadas sobre o objeto do estudo. A maioria das mulheres se autodeclararam pardas (54,8%), seguida de preta (20,4%). Quanto a escolaridade, 43, 8% declararam ter concluído o ensino médio. 30,3% dispõe de vínculo empregatício formal. O estado civil de 59% das mulheres é solteira. No entanto, 89,3% tem parceiro íntimo, residindo ou não no mesmo domicílio. A idade gestacional variou entre 10 e 40 semanas. Em relação à vivência de violência, 33,1% das mulheres afirmaram ter vivenciado violência por parceiro íntimo ou alguém importante em algum momento da vida. 8,4% mencionaram vivência de violência física ou sexual durante a gestação. 83,1% das gestantes relataram que a violência não foi abordada durante o pré-natal, sendo que 82,6% gostariam que perguntassem de forma rotineira sobre a vivência de violência nos serviços de saúde. Apesar da violência ser um fenômeno recorrente, ainda permanece invisibilizada no contexto da atenção primária a saúde, mesmo diante das consequências para a saúde da mulher e da criança. Conclusão: Identificar a ocorrência da violência por parceiro íntimo no período gestacional é um passo inicial para que sejam reunidas informações e elaboradas estratégias de enfrentamento, articulação da rede de serviços, prevenção e tratamento das sequelas, contribuindo para o empoderamento das mulheres e ruptura com o ciclo de violência (DEVRIES, et. al., 2010).
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