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A regulamentação da publicidade infantil de alimentos: potencialidades para a comunicação em saúde no Brasil
The regulation of children’s food advertising: potential for health communication
Registro en:
SILVA, Marco Aurelio Santana da; OLIVEIRA-COSTA, Mariella Silva de. A regulamentação da publicidade infantil de alimentos: potencialidades para a comunicação em saúde no Brasil. Cadernos da Pedagogia, [São Carlos], v. 15, n. 31, p. 53-64, jan. /abr. 2021.
1982-4440
Autor
Silva, Marco Aurélio Santana da
Oliveira-Costa, Mariella Silva de
Resumen
O texto analisa a capacidade de as políticas públicas em saúde disputarem
sentido na construção de mundo provocada pelos meios de comunicação, e a necessidade
de regulação estatal da publicidade infantil de alimentos. Estes anúncios influenciam as escolhas alimentares das crianças, formando um paladar habituado ao consumo de produtos
ultraprocessados (e prejudiciais à saúde) desde a infância. Por meio de um levantamento
de artigos em bancos de dados eletrônicos busca compreender o contexto geral do tema
nos últimos dez anos, e apontar caminhos para a comunicação em saúde nessa agenda.
Ao considerar as experiências de diferentes países, identifica que a publicidade infantil
de alimentos necessita de regulação e monitoramento contínuo. Apenas a aprovação de
legislações restritivas, porém, não provocará mudanças na sociedade. Ações ancoradas
na comunicação em saúde são necessárias, a partir de um plano estratégico que amplie o
acesso às informações para o consumidor final e formadores de opinião, bem como para as
indústrias de alimentos e de comunicação. The essay analyzes how public health policies could create meaning in the
construction of a world caused by the media, and alerts the need for state regulation of
food marketing for children. Advertising influences children’s choices, forming a palate
accustomed to the consumption of ultra-processed (and harmful to health) products since
childhood. Through a search for articles in online databases, it seeks to understand the general context of the theme in the last ten years, and suggest ways for health communication
to intervene in this agenda. When considering the experiences of different countries, the
study identifies that children’s food advertising needs regulation, as well as continuous monitoring. As a result, argues that only the approval of restrictive legislation will not cause
changes in society, defending the need to develop actions anchored in health communication, introducing a strategic plan that expands the information for the final consumer,
public opinion, as well as for the food and communication industries.