Thesis
Os riscos, agravos e vigilância em saúde no espaço de desenvolvimento do agronegócio no Mato Grosso
The risks, effects and the surveillance health space of development of the agribusiness in the Mato Grosso
Registro en:
PIGNATI, Wanderlei Antonio. Os Riscos, Agravos e Vigilância em Saúde no Espaço de Desenvolvimento do Agronegócio no Mato Grosso. 2007. 114 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007.
Autor
Pignati, Wanderlei Antonio
Resumen
O estudo teve como objetivo analisar as situações de riscos, os agravos e a vigilância em saúde-ambiente dos processos produtivos no espaço de desenvolvimento agroindustrial-florestal (cadeia produtiva do agronegócio) de Mato Grosso. (...) Na introdução do trabalho descreveu-se a cadeia produtiva (desmatamento, indústria da madeira, agricultura, pecuária, transporte, armazenamento e agroindústria) e se caracterizou os potenciais riscos à saúde-ambiente de cada etapa do processo. Nas pesquisas apresentadas nos artigos se investigou e se analisou os seguintes temas: a) o processo saúde-trabalho-doença nas indústrias madeireiras, relacionando-o com as situações de risco, os agravos à saúde e a organização sindical e estatal no controle de riscos ocupacionais; b) as práticas de vigilância à saúde-ambiente executadas no manejo de riscos de um (acidente rural ampliado) originário de derivas de pulverizações de agrotóxicos nas lavouras; c) a distribuição temporal do volume da produção agropecuáriado estado, relacionando-a com o perfil de alguns agravos à saúde dos trabalhadores e da população e sua relação com o controle estatal e popular dos riscos à saúde-ambiente. (...) Mostrou-se ainda, que os sindicatos dos trabalhadores não estavam fortalecidos para realizar o (controle social da saúde), pois estes eram controlados pelo agronegócio. O Estado priorizou a vigilância à saúde dos animais e vegetais em detrimento da vigilância à saúde humana. Considerou-se que este modelo de desenvolvimento agro-industrial-florestal cria uma rede de processos críticos ou de situações de riscos à saúde-ambiente que deverá ser tratado como problema de saúde pública, seja pelas implicações diretas de seus agravos à saúde-ambiente, seja pelos gastos sanitários e previdenciários custeados pela sociedade.