Artigo
A socialização e a criança bilíngue
Registro en:
ALFA: Revista de Linguística, v. 54, n. 2, 2010.
1981-5794
0002-5216
ISSN1981-5794-2010-54-2-459-474.pdf
Autor
Bullio, Paula Cristina [UNESP]
Resumen
Este artigo tem como objetivo observar e analisar os primeiros dados coletados de uma pesquisa longitudinal com duas crianças bilíngues. Bilinguismo é, para nós, um processo análogo ao de aquisição da língua materna, em que o indivíduo adquire outra língua ao mesmo tempo, ou seja, uma mesma criança é exposta a mais de uma língua desde o nascimento. Acreditamos que a criança constrói a língua e adquire valores sociais, na troca de experiências e, essencialmente, na interação (OCHS; SCHIEFFELIN, 1999) – ela não é uma “tabula rasa”, vazia, pronta para receber informações que depois serão repetidas. As trocas verbais “defi nem” a formação das ideologias e a constituição da subjetividade da criança, que cresce e se desenvolve biologicamente, psicologicamente e socialmente em um ambiente ideológico (BAKHTIN, 1997). Sendo assim, trataremos estas línguas como língua dominante e língua não dominante. Interessa-nos aqui, principalmente, considerar a importância da socialização no processo de aquisição da linguagem, isto é, a maneira pela qual o indivíduo torna-se membro de uma sociedade (OCHS; SCHIEFFELIN, 1999), e observar como se dá essa socialização nas duas línguas. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras – Programa de pós-graduação em Línguistica e Língua Portuguesa. Araraquara – SP Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras – Programa de pós-graduação em Línguistica e Língua Portuguesa. Araraquara – SP