Brasil
| Dissertation
Avaliação do SINAN para casos de Sífilis em gestantes no município de Amambai MS no período de 2007 a 2010
Fecha
2012Registro en:
SANTOS, Evelin Jaqueline Lima dos. Avaliação do SINAN para casos de Sífilis em gestantes no município de Amambai MS no período de 2007 a 2010. 2012. 69 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2012.
Autor
Santos, Evelin Jaqueline Lima dos
Institución
Resumen
A sífilis é uma doença de distribuição mundial e que tem se mantido como um
problema de saúde pública em vários países. A transmissão vertical desta doença
pode causar aborto, óbito fetal ou danos à saúde dos recém-nascidos. O diagnóstico e
tratamento da sífilis no período gestacional é a estratégia preconizada para prevenir a
sífilis congênita. Em 2002 foi implantado no estado do Mato Grosso do Sul o
Programa Estadual de Proteção à Gestante – PEPG, cujo objetivo é identificar
através de exames laboratoriais doenças infecciosas de transmissão vertical em
gestantes de todos os municípios do estado. Mesmo havendo uma cobertura acima
dos 90% das gestantes pelo PEPG e pela assistência pré-natal, a incidência de sífilis
congênita acima dos valores preconizados pelo Ministério da Saúde denota que a
prevenção da transmissão vertical da sífilis está sendo prejudicada no município de
Amambai.
O objetivo deste estudo foi dimensionar a subnotificação dos casos de sífilis em
gestantes no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e descrever os
cenários da assistência prestada à gestante que tiveram seus conceptos notificados
como casos de sífilis congênita.
A população de estudo foi composta por 259 gestantes detectadas com sífilis.
Através do nome da mãe foram procurados no SINAN – SC, SINASC (Sistema de
Informação de Nascidos Vivos) e SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) os
desfechos destas gestações. A subnotificação de sífilis em gestante identificada no
estudo foi de 30%. A cobertura do PEPG com relação à população do estudo foi de
94%, porém apenas 5% realizaram os exames no primeiro trimestre como é orientado
pelo MS. A prevalência de sífilis em gestante foi de 6,2% no período. A taxa de
incidência de sífilis congênita nos anos estudados resultou em 16,2 casos por mil
nascidos vivos, apenas 165 casos foram localizados no SINASC e 5 natimortos e 6
óbitos não fetais no SIM.
Conclui-se que apesar da estrutura para triagem de doenças de transmissão vertical
estabelecida pelo PEPG no município de Amambai ainda existem falhas na
assistência pré-natal e na vigilância epidemiológica da sífilis em gestantes e
congênitas que comprometem o controle e eliminação destes agravos.