TCC
Análise do impacto das ações da Anvisa no desenvolvimento dos centros de bioequivalência de medicamentos no Brasil
Fecha
2009Registro en:
REIS, Daniela Vieira dos et al. Análise do impacto das ações da Anvisa no desenvolvimento dos centros de bioequivalência de medicamentos no Brasil. 2009. 49 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Vigilância Sanitária)—Diretoria Regional de Brasília, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2009.
Autor
Reis, Daniela Vieira dos
Tavares Neto, João
Oliveira, Milay Rorato de
Lopes, Renato Almeida
Institución
Resumen
A política de medicamentos genéricos faz parte das diretrizes e prioridades da
Política Nacional de Medicamentos, aprovada pela Portaria n°3.916, de 30 de
outubro de 1998 do Ministério da Saúde.
Com a Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, foram efetivamente instituídos
os medicamentos genéricos no Brasil, com a exigência de testes de
equivalência farmacêutica, bioequivalência e biodisponibilidade para sua
entrada no mercado. À época, não havia centros de pesquisa estruturados para
a realização dos estudos de bioequivalência e nos anos 2000 a 2001 cerca de
90% dos estudos apresentados nos processos de registro foram realizados em
centros Internacionais.
Este trabalho analisou de que forma a atividade regulatória da ANVISA
contribuiu para que no panorama atual mais de 80% dos estudos sejam
realizados em centros nacionais que incorporaram tecnologia e capacidade
técnica e operacional. Estima-se que o gasto anual das empresas em estudos
de Bioequivalência gire em torno de R$ 50 milhões, e a realização dos estudos
no País gera empregos, desenvolvimento técnico e científico, alem de circular
esse volume de recursos no meio de pesquisa. Hoje existem 28 centros
certificados no Brasil e 23 no exterior.
No período de 2004 a 2007 houve uma redução de 27% para 17% de
reprovação dos estudos, sendo que apenas 8% dos casos de reprovação se
deram por erro do centro, o que demonstra o atual estágio dos ensaios
produzidos no País.
Dentre as ações da Agência estão a normatização do setor; a criação da
Coordenação de Inspeção de Centros de Bioequivalência (CIBIO); o acompanhamento dos centros Nacionais por meio de inspeções; a instituição
da certificação de centros de Bioequivalência; convênios com Universidades e
Hospitais públicos, para financiamento da infra-estrutura; a criação da Rede
Brasileira de Centros Públicos de Equivalência Farmacêutica e Bioequivalência
- REQBIO e a instituição do medicamento de referência nacional.
Destaca-se o papel dos centros públicos na formação de recursos humanos
com capacidade técnica para atuar nesta área, por estarem localizados dentro
de instituições de pesquisa e ensino superior e atuarem na formação de
pessoal qualificado tanto no nível de graduação, como na formação de
Especialistas, Mestres e Doutores. A participação de centros públicos é
extremamente relevante para a realização de estudos de laboratórios oficiais,
foco dos últimos convênios realizados entre a REQBIO e o Ministério da
Saúde.