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Estresse no trabalho e níveis de hemoglobina glicada: o papel da escolaridade. Dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
Fecha
2022Registro en:
SANTOS, Raíla de Souza et al. Estresse no trabalho e níveis de hemoglobina glicada: o papel da escolaridade. Dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v47, e5, p. 1 - 12, July 2020.
2317-6369
10.1590/2317-6369/24319PT2022v47e5
Autor
Santos, Raila de Souza
Griep, Rosane Harter
Fonseca, Maria de Jesus Mendes da
Chor, Dóra
Santos, Itamar Souza
Melo, Enirtes Caetano Prates
Institución
Resumen
Introdução: as condições estressantes do trabalho estão associadas ao aumento
dos níveis glicêmicos, mas pouco se conhece sobre o papel da escolaridade
neste contexto. Objetivos: analisar a associação entre o estresse psicossocial
no trabalho e os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) e a influência da
escolaridade como modificador de efeito. Métodos: estudo transversal com
dados de 11.922 trabalhadores ativos da linha de base do Estudo Longitudinal de
Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O estresse psicossocial no trabalho foi avaliado
pelo modelo demanda-controle. Foram empregadas a regressão logística
multinomial e interações multiplicativas. Resultados: em trabalhadoras do sexo
feminino com baixa escolaridade, observou-se associação entre baixo uso de
habilidades no trabalho (OR 1,56; IC95% 1,09-2,24) e HbA1c elevada. A baixa
autonomia no trabalho foi relacionada à HbA1c limítrofe (OR 1,21; IC95%
1,01-1,45) e elevada (OR 1,73; IC95% 1,19-2,51). Entre trabalhadores do sexo
masculino com baixa escolaridade, o trabalho de alto desgaste (OR 1,94; IC95%
1,18-3,21), o baixo uso de habilidades (OR 2,00; IC95% 1,41-2,83) e a baixa
autonomia no trabalho (OR 1,58; IC95% 1,13-2,21) foram associados à HbA1c
elevada. Conclusão: o estresse psicossocial no trabalho foi associado a níveis
limítrofes e elevados de HbAlc para trabalhadores com baixa escolaridade de
ambos os sexos. Assim, ações para modificar as relações de trabalho e prevenir
doenças crônicas devem ser priorizadas.