Tese de doutorado
Um escore preditor simples de sobrevida em fibrose pulmonar idiopática sem a utilização da medida da difusão do monóxido de carbono
Fecha
2021Autor
Fukuda, Cesar Yoshito [UNIFESP]
Institución
Resumen
Background: Prediction models for survival at baseline evaluation have been proposed in IPF but include DLCO, a test not available in many places. The aim of the present study was to develop a simple new mortality risk scoring system for patients with IPF at initial evaluation without DLCO measurement. Methods: A total of 173 patients, 72% males, mean age 70 years, 64% smokers/ex-smokers, were included in a retrospective study. The diagnosis was made by SLB in 40 (23%); in the remaining patients, a UIP pattern was present in HRCT. Patients with FEV1/FVC <0.70 were excluded. Dyspnea was evaluated by magnitude of task of Mahler scale. SpO2 was measured by oximetry at rest and at the end of a 4 min step test or a 6 MWT. Results: Median follow-up time was 42 months, and median survival was 43 months. At the end of the follow-up period, 154 (89%) of the patients had died. Based on the univariate Cox proportional-hazards model, survival (p ≤0.10) was related directly to the dyspnea score, presence of cough, lower values of FVC% and FEV1%, lower rest and ExSpO2, and greater FEV1/FVC. By Cox multivariate analysis remained correlated to survival: dyspnea score, FVC% and exercise SpO2. A score, using these variables, was developed and was able to discriminate among three groups, with high, low, and intermediate survival curves. Median survival for stages 1, 2 and 3 were, respectively: 72, 45 and 17 months. Conclusion: A prognostic score, considering dyspnea, FVC% and ExSpO2, can estimate survival in IPF. Introdução: Na avaliação inicial, modelos de predição para a sobrevida foram propostos na FPI, porém, muitos incluem a difusão de monóxido de carbono (DCO), um teste indisponível em muitos lugares. O objetivo do presente estudo foi desenvolver um novo sistema de pontuação de risco de mortalidade em pacientes com fibrose pulmonar idiopática (FPI) na avaliação inicial sem o uso da DCO. Métodos: Cento e setenta e três pacientes com FPI, 72% masculinos, com média de idade de 70 anos, 64% tabagistas ou ex-tabagistas foram incluídos no estudo. O diagnóstico foi feito através de biópsia pulmonar cirúrgica em 40 (23%), os demais possuíam o padrão de pneumonia intersticial usual (PIU) na tomografia de tórax. Pacientes com a relação VEF1/CVF<0.70 foram excluídos. A dispneia foi avaliada através da magnitude da tarefa da escala de Mahler. A saturação periférica de oxigênio (SpO2) foi medida com oxímetro em repouso e após o teste do degrau de quatro minutos (TD4M) ou o teste de caminhada de seis minutos (TC6M). Resultados: A mediana do tempo de seguimento foi de 42 meses e a mediana de sobrevida foi de 43 meses. No final do período de acompanhamento, 154 (89%) pacientes foram a óbito. Após análise univariada de Cox a sobrevida (p≤0.10) se associou diretamente com o grau de dispneia, presença de tosse, baixos valores de CVF% e VEF1%, baixos valores de SpO2 de repouso e saturação periférica de oxigênio após exercício (SpO2Ex) e relação VEF1/CVF elevada. Preditores independentes de mortalidade por meio de análise multivariada foram: grau de dispneia, CVF% e SpO2Ex. Um escore utilizando essas variáveis foi desenvolvido, mostrando ser capaz de discriminar três grupos de sobrevida com risco de mortalidade alto, baixo e intermediário. A mediana de sobrevida para os estágios 1, 2 e 3 foram respectivamente: 72, 45 e 17 meses. Conclusão: Um escore prognóstico levando em consideração o grau de dispneia, CVF% e SpO2Ex é capaz de estimar a sobrevida em FPI.