Dissertação
Gênero e sexualidades nas licenciaturas em dança da Ufba: por e para uma pedagogia QUEER
Fecha
2019-08-26Autor
Silva, Leonardo dos Santos
Silva, Leonardo dos Santos
Institución
Resumen
Esta pesquisa busca refletir sobre os currículos das licenciaturas de Dança da Escola de Dança
da Universidade Federal da Bahia. Trata de assuntos prementes, como Gênero e Sexualidades,
dissertando por e para uma Pedagogia Queer. Ressaltar a importância desses conhecimentos
nas ações institucionais (currículo, Projeto Pedagógico de Curso, planejamento pedagógico) e
atuando nos agentes (gestorxs, docentes, discentes) corrobora com as lutas de combate à
homo/lesbo/transfobia. Ao perceber os procedimentos (hetero)normativos que são
evidenciados nos currículos, procura-se promover instabilidades, transgressões e os arranjos
não dicotômicos da Teoria Queer para subverter as lógicas pedagógicas das Instituições de
Ensino Superior (IES). A compreensão do corpo como corpomídia (KATZ e GREINER,
2005), como corponectivo (RENGEL, 2015, 2007) e co-formado e co-produzido
(BACCHETTA, 2009) colabora para a disseminação de discursos dos corpos, como gênero e
as sexualidades. Formas de acesso, nas graduações, para esse campo contribuem (ou não) para
uma abordagem problematizadora, fluída e contestadora dos binarismos e dos essencialismos.
Análise do currículo, revisão bibliográfica e coleta de respostas em questionários foram
procedimentos de investigação em consonância com as Metodologias Pós-Críticas em
Educação (PARAÍSO, 2012). Essas metodologias, surgidas como lócus de análise pedagógica
das licenciaturas, promoveram interlocuções com uma pedagogia queer ao refletir, construir e
desconstruir ações pedagógicas. A intersecção epistemológica entre as Teorias Queer
(BUTLER, 2017a; SPARGO, 2017; REA, 2017), de uma Pedagogia queer (LOURO, 2015;
MISKOLCI, 2016; PARAÍSO, 2018), das sexualidades e gênero (FOUCAULT, 2014;
BENTO, 2017), a possibilidade de um currículo encarnado (MOLINA, 2015) em diálogo com
a pedagogia queer e os estudos sobre a pedagogia (D’ÁVILA e MADEIRA, 2018) intenciona
uma docência atualizada e conectada com questões sensíveis. Espera-se que se estruturem
novos currículos, a partir de um entendimento de uma pedagogia queer, na proposição de
potencializar os profissionais, o campo e a sociedade estimulando pesquisas, pensamento
crítico e abordagens pelas diferenças.